Em 1984, em
Piripiri-PI, depois de pedalar desde Tianguá, dei umas voltas pela cidade e
pedi alguma coisa para comer em algumas residências. Ganhei laranjas, bananas,
bolachas, cajuína, prato com arroz+carne+ovos fritos, café, leite, cuca, pão
torrado.
Ao anoitecer, numa
praça que ficava em frente à igreja,
fiquei conversando com os motoristas de táxi. Eles fizeram uma vaquinha
e me deram 2.005 cruzeiros. Indicaram o mercado público para comprar uma
refeição. Lá chegando pedi um prato chamado de panelada. Custou 1.000
cruzeiros. Tinha arroz, carne, tomate, cebola e outras coisas mais. Uma
refeição saborosa e muito nutritiva.
Alguns dias depois, em Teresina,
ao sair de uma casa onde fiquei hospedado com muitas mordomias, ganhei mais
5.000 cruzeiros.
No Maranhão, na entrada
para Codó, num lugar chamado de ¨17¨, vi umas barracas com mesas e panelas. Era
início da tarde. Perguntei se tinha comida, e a mulher disse ¨panelada¨. Pedi
um prato, e, para minha surpresa, quando o prato chegou, tinha um monte de
arroz de uns 10 cm de altura e um pedacinho de carne em cima. Comi a carne e
uma parte do arroz...
Numa outra viagem, num
posto de gasolina perto de Zé Doca, fui jantar num restaurante do outro lado da
estrada. A mulher disse que havia carne
assada ou peixe. Pedi peixe. Veio o
prato com um monte de arroz e um pedaço de peixe em cima.
E, numa outra, em Santa
Tereza do Paruá, também no Maranhão, um senhor me convidou para almoçar, pois sua mulher estava preparando um
frango. Quando chegou a comida, era um monte de arroz e um pedaço de frango em
cima.
Será que um monte de
arroz com um pedaço de carne é ¨comida de maranhense?¨.
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