23/09/87 Saímos de Irauçuba às 6h30min e andamos só até o
posto Texaco (6 km). Estávamos decididos a conseguir carona até Fortaleza, pois
o vento estava terrível. Tomamos café com leite e comemos pão com ovo. Mais
tarde, farinha com coalhada.
Às 11h15min conseguimos carona num caminhão carregado de
pedras até Itapajé. Despachei aerogramas para Nelson Cantanheide de Miranda e
Eduardo Peluso Pederneiras.
Depois, fomos ao posto BR, na saída da cidade. Conseguimos
almoço na churrascaria anexa.
Não tendo conseguido carona, seguimos viagem. Em São Miguel,
tomamos banho num açude. Uns 20 km depois, conseguimos carona numa F-1000 até
Fortaleza, onde chegamos às 18h.
Seguimos até e apartamento dos pais de Jerônimo, perto do
aeroporto. Fomos recebidos por Dona Tereza. Guardamos as bicicletas, tomamos
banho, jantamos, assistimos TV e fomos dormir às 21 horas.
24 e 25/09/87 Passeamos pela cidade, fomos entrevistados
pelo jornal Diário do Nordeste e bati uma foto de Ilda numa praia onde havia um
estranho monumento que as pessoas chamavam de o chifre do governador.
26/09/87 Depois de dois dias de mordomias, saímos do
apartamento às 7 horas.
Em Messejana, despachamos um aerograma para Áurea, em Natal.
Choveu um pouco.
Em Aquiraz, paramos na estação rodoviária para descansar e
pedimos água. Na saída, Ilda juntou uns pedaços de cana que caíram de um caminhão. Na beira da estrada, em todas as oportunidades, Ilda pegava cajus.
Perto de Cascavel, tomamos banho num açude. Paramos num
comércio à beira da estrada e comemos o macarrão que trouxemos já cozido de
Fortaleza. Noutro posto, na entrada de Beberibe, comemos pamonha.
Às 17h30min escureceu. Pedimos para dormir numa casa à beira
da estrada perto de Quatro Bocas e fomos bem recebidos por Dona Auxiliadora
Lima Rocha.
27/09/87 Depois de tomar café com beiju, ganhamos uma
garrafa de cajuína de Dona Auxiliadora e seguimos viagem. Eram cinco horas e
alguns minutinhos. Caíram duas pequenas chuvas. Paramos várias vezes para
descansar. Passando por Parajuru, vimos uma salina.
Mais adiante, paramos num comércio e compramos rapaduras,
bolachas e refrigerantes.
Já próximos de Aracati, descansamos na Polícia Rodoviária,
onde ganhamos mais algumas rapaduras. Mais adiante, tomei banho num posto de
gasolina e pedimos comida na Churrascaria Beira Rio.
Depois do almoço, atravessamos a ponte sobre o Rio Jaguaribe
e entramos em Aracati, onde descansamos numa praça e comemos picolés. Mais ou
menos às 15 horas, fomos a um orelhão e falamos com mamãe e Marta.
Andamos mais uns 15 km na direção de Mossoró. Ao escurecer,
pedimos para dormir na casa de um rapaz que trabalhava nos cajueiros. Era
casado e tinha três crianças pequenas e dois cachorrinhos novos. Ilda jantou
galinha caipira com farinha. Eu, cheio de rapadura, não quis.
Era uma família extremamente pobre.
28/09/87 Saímos da casa às 5h10min. Nos dois lados da
estrada. Muitos cajueiros e poucos cajus. Mesmo assim, Ilda sempre via algum e
parava para pegar.
Na entrada para Icapuí, pedimos alimento num comércio/restaurante muito movimentado e ganhamos um banquete (inhame, cuscuz, leite de cabra, café, ovos), sendo que saímos muito bem alimentados.
Na entrada para Icapuí, pedimos alimento num comércio/restaurante muito movimentado e ganhamos um banquete (inhame, cuscuz, leite de cabra, café, ovos), sendo que saímos muito bem alimentados.
Pouco depois do meio-dia, uns dez km antes de Mossoró,
pedimos comida no restaurante de um posto de gasolina e almoçamos.
Em Mossoró, descansamos numa praça, comemos alguns picolés
em outra praça e fomos à central telefônica (Telern). Telefonei para Aurino
Dias Paiva e informei que chegaria a Açu no dia seguinte.
Bati uma foto de Ilda
em frente a uma igreja.
Pedimos água num posto na saída da cidade e seguimos até Zé da Volta, onde chegamos depois de andar um bom tempo no escuro.
Pedimos água num posto na saída da cidade e seguimos até Zé da Volta, onde chegamos depois de andar um bom tempo no escuro.
Ainda
comemos um melão que achei no meio da pista!
Chegando ao posto-restaurante-hotel Zé da Volta, encontramos
todos os quartos ocupados. Compramos setenta cruzados de comida e jantamos.
Amarramos as redes no galpão junto aos quartos. Ilda dormiu
e eu fiquei cuidando. Às 22h30min, Brito, um funcionário do posto, conseguiu o
quarto número 1 para nós e lá nos instalamos.
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