19/09/87 Saímos da casa
às seis horas e tomamos café uns 4 km mais adiante numa barraquinha.
Em Cocal de Telha
paramos para pedir água. O calor, às 8 da manhã, já era muito forte.
Em Capitão de Campos,
10 km após Cocal de Telha, pedimos mais água. Tomamos banho num riozinho que
tinha água, pois a maioria era sem água. A vegetação já estava bastante seca. A
maioria das árvores não tinha mais folhas.
Ainda antes de Piripiri
descansamos na Polícia Rodoviária e tomamos banho noutro riozinho.
Entrando em Piripiri,
ganhamos muitas bananas, farinha e macarrão, e caldo de cana. Ficamos
empanturrados e fomos passar um tempo numa pracinha.
Depois, andamos pelo
centro e sentamos em outra pracinha. Aí, inesperadamente, depois de vários
dias, caiu uma chuva forte e fria que durou uma meia hora.
Seguimos até um posto
de gasolina que ficava junto á igreja e um ponto de táxi.
Alguns motoristas me
reconheceram da viagem de 1984, e, como naquela vez, fizeram uma vaquinha e nos
deram sessenta cruzados.
Ao anoitecer, por
indicação dos taxistas, fomos ao posto Peteca pedir pernoite, sendo que nos
alojamos num quarto vazio. Às 19 horas já estávamos deitados nas redes.
20/09/87 Saímos às 6
horas. Tendo andado uns 20 km, tomamos café com ovos e farinha numa casa à
beira da estrada.
Mais uns 20 km, perto
de Alto Alegre, aceitamos uma carona num caminhão baú até Tianguá.
Descemos do caminhão e
fomos até a Rua Dep.Manoel Francisco 725. Procurávamos Valdir. Ele estava
em viagem à sua terra natal (Ipu).
Edivônio, seu cunhado,
nos convidou para almoçar na casa dele, do outro lado da rua.
Saíram todos de carro e
ficamos na casa com a sogra de Valdir. Atualizei o diário e Ilda escreveu para
Dionilson.
Às 12h30min seguimos
para Ubajara (20 km) para conhecer uma gruta.
Lá chegando, soubemos que o
bondinho que descia o morro estava sem funcionar desde 1985 e que teríamos de
descer por uma trilha de 3 km. Desistimos e voltamos a Tianguá.
Fomos à casa de
Edivônio mas ele ainda não havia retornado. Andamos pela cidade.
Estava ficando
muito frio. Comprei comida para Ilda num restaurante.
Lá pelas 21 horas
chegou Edivônio com a esposa e o neném.
Tomamos banho, jantamos
e fomos dormir.
21/09/87 Depois de
tomar café, Edivônio, que fazia dentaduras, foi trabalhar na casa do pai dele.
Nos despedimos, visitamos Valdir e partimos às 8h40min.
O céu estava nublado e
o vento estava muito forte. Descemos a serra (10 km) e seguimos contra o vento,
lentamente, até Frecheirinha, onde despachamos a carta para Dionilson.
Pedimos alimentos em
algumas casas e ganhamos pão, bananas, laranjas e rapadura.
Seguimos viagem. Estava
difícil andar contra o vento. Conseguimos uma carona de Aprazível até Sobral.
Compramos dois cartões
postais. Pedimos alimentos em seis casas e não ganhamos nada.
Bati uma foto e
seguimos até Forquilha (14 km), onde comprei um pacote de macarrão.
Seguimos adiante mais 9
km e tomamos banho num açude. Pedimos para ficar numa casa ao lado de uma
escolinha no km 199.
Na cozinha da casa Ilda
preparou o macarrão.
Jantamos e armamos as redes para dormir. Passamos muito
frio.
22/09/87 Após o café,
seguimos viagem. Eram 5h54min. O vento já estava forte.
Compramos um pacote de
bolachas no caminho e tomamos banho num açude.
Por volta das 10 horas, chegamos
à Fazenda Ipueirinha (km 166) e falamos com o Sr. Raimundo Martins, pai do
Edgar, que morou comigo num pensionato em Belém. Lá descansamos e almoçamos,
Saímos às 14 horas e
gastamos duas horas para percorrer os 18 km até Irauçuba. E chegamos cansados.
Despachamos dois postais no correio e fomos até uma oficina para troca de peças no eixo central da minha
bicicleta.
Depois pedimos pernoite
no Dormitório Ceará, onde fomos bem recebidos pelo Sr. Antônio. Ilda preparou
macarrão na churrascaria ao lado do terminal de ônibus.
Após as 20h, liguei
para Jerônimo e para mamãe fomos dormir.
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