segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 17ª parte (Teixeira de Freitas-BA/Linhares-ES)

30/10/87 Tomamos café numa banca que vendia mingau em copos de vidro. Havia muitas pessoas esperando condução.

Fomos ao centro da cidade procurar Ana Silva Santos. O endereço que eu tinha era de uma loja onde ela havia trabalhado e não conseguimos encontrá-la.

Compramos bolachas, Leite de Rosas, sabonete e iogurte num supermercado.

Numa oficina troquei o pneu dianteiro com o traseiro da minha bicicleta.

Estávamos com a barriga estragada.

Seguimos viagem. Estávamos nos sentindo mal e fracos. Paramos várias vezes para descansar. Ilda vomitava.

Em algumas barraquinhas à beira da estrada comemos muitos mamões grátis.

O sol sumiu e veio uma névoa seca.

Passamos pela entrada para Posto da Mata e entramos num posto de gasolina.
No galpão de estacionamento de caminhões nos instalamos e penduramos as redes.

Descansamos o resto da tarde. Escureceu e choveu a noite toda.

31/10/87 Ainda com a barriga estragada e sintomas de fraqueza, apesar do longo descanso, tomamos café e seguimos no meio da chuva.

A uns 10 km da divisa Bahia/Espírito Santo descansamos num posto fiscal. Ganhamos café e ficamos conversando com um policial.

Estávamos com o nariz escorrendo (coriza) e o policial nos ofereceu um rapé feito por ele mesmo. Cheiramos e a coriza passou.

A chuva afinou e continuamos.

Em Pedro Canário comprei bolachas num supermercado e fizemos uma merenda.

Oito km adiante, no Posto Floresta, outra merenda.

O dono do hotel onde eu havia dormido em 1984 me reconheceu e achou que na próxima viagem eu passaria lá com alguma criança também...

Depois, um longo e reto sobe e desce até São Mateus. Alguns canaviais e muitas plantações de eucalipto.

Entramos em São Mateus ao anoitecer.
Comprei quatro maçãs num supermercado e seguimos até o Posto Flecha.

Conseguimos pernoite debaixo de um Volvo branco de Rio Bonito-RJ que carregava 42 toneladas de minério cromo para a Bayer.

01/11/87 Tomamos café na lanchonete e saímos às sete horas. Eu me sentia cansado.

Seguimos lentamente pelo grande tobogã entre eucaliptos.

Num posto merendamos com leite e queijo.

Descansamos numa parada de ônibus na entrada para Jaguaré.

Passamos pela reserva florestal Sooretama.

Depois, noutro posto, almoçamos PF (prato feito).

Noutra parada de ônibus descansamos e comemos picolé.

Em Córrego D’água pedimos água numa lanchonete.

Entramos em Linhares ao anoitecer e procuramos a casa de Paulo José Lopes.

Lá chegando, encontramos ele, Dalva (esposa) e o filho de 3 anos (Marcelo).

Jantamos, telefonamos para os familiares, assistimos TV e fomos dormir.


02 e 03/11/87 Ficamos descansando na casa de Paulo.

domingo, 17 de dezembro de 2017

Viagem janeiro/17 - 11ª parte (Palmeira/General Carneiro-PR)

21/01/17 Depois de passar uma noite de muito frio levantei antes mesmo de amanhecer.

Deixei um bilhete debaixo da porta do pequeno comércio e segui.

Andei 4 km e entrei em Palmeira. No posto de gasolina enchi as garrafas de água e um pouco mais adiante, no outro lado da pista tomei café e usei o banheiro.

Mais alguns km depois encontrei uma carreta parada no acostamento. Conversei um pouco com o motorista e ele me fotografou.

Estrada estreita, acostamento estreito. Em compensação, movimento reduzido.

Mais adiante parei num ponto onde havia venda de sucos e pedi um suco de uva.

Depois, num lugar chamado Faxinal dos Quartins, no Auto Posto Gugu, fiz uma merenda. Conversei um pouco e fui novamente fotografado.

Subindo e descendo morros, entrei em São João do Triunfo e comprei leite, bananas e bolachas Maria da marca Isabela. As subidas da estrada eram moleza comparadas à rampa que eu subi para chegar ao supermercado (encontrei rampas assim também em Siqueira Campos).

No meio da tarde(15 h) eu estava atravessando São Mateus do Sul. Numa lanchonete na saída da cidade fiz outra merenda.

Depois andei mais 21 km e cheguei ao Posto Cupim.

Fiz amizade com o pessoal do posto. Um funcionário me fotografou e mandou mensagem para minha casa,

Depois de tomar banho um caminhoneiro que nem havia conversado comigo me deu um vale refeição para usar no restaurante.

Depois de jantar pendurei a rede entre duas máquinas agrícolas que estavam na parte coberta.

Duas horas depois de estar dormindo uma cadela chegou perto de mim e ficou latindo por bastante tempo, até que um funcionário do posto veio  acalmá-la.

Ele disse que eu havia escolhido o mesmo lugar onde a cadela gostava de ficar....

Neste dia calculo ter andado 102 km, sendo que só nos primeiros 80 km gastei dez horas de percurso.

Consumo do dia, além de água e bolachas Maria: pão de queijo + café, suco de uva, pastel + café, leite, bananas, coxinha + café, prato feito.



22/01/17 Acordei bem cedo. Uma passada no banheiro, outra na lanchonete, e estrada.

A estrada alargou desde São Mateus do Sul, mas o acostamento estava com muitas pedrinhas soltas em vários trechos.

Na metade do caminho para União da Vitória o pneu furou. Entrei numa borracharia. Não vi ninguém (era domingo). Virei a bicicleta e comecei a tirar a roda quando o borracheiro chegou.

Expliquei a ele o motivo de estar ali e ele prontamente fez o serviço (dois furos). Não quis cobrar nada alegando que "Deus pagaria a ele em dobro".

Depois de passar por União da Vitória parei numa lanchonete e fiz uma merenda. Pedi a duas pessoas para me fotografarem mas deram umas desculpas.

Passei por algumas longas subidas e cheguei a um posto da Polícia Rodoviária Federal. Fiquei conversando com um policial que estava lá. Ele ligou para a minha casa em Ananindeua e eu conversei. Chegou outro ciclista. Ele vinha de Santiago do Chile e estava indo para Guarujá-SP.

Tirou fotos e filmou a minha bicicleta para mostrar aos colegas dele. A minha bicicleta era pré-histórica comparada com a dele.  






Faltavam só 10 km para General Carneiro. Cada um foi para o seu destino.

Cheguei lá. Posto Ipiranga (Otto). Para tomar banho, cinco reais.

Um menino de onze anos que andava numa bicicletinha pelo posto (filho de uma funcionária) conversou comigo e tirou algumas fotos. 

Arranjei pernoite debaixo de uma carreta. O motorista falou do seu trabalho na olaria da família desde criança (ele tinha uns 25 a 30 anos) e ofereceu carona até Lajeado, a uns 30 km do meu destino final, mas eu recusei.

Já deitado na rede, veio outro caminhoneiro com um prato de comida para mim.

Neste dia calculo ter andado 115 km.

Consumo: bolachas, leite, bananas, pão de queijo + café, pizza + café, salgado + café, prato feito.



domingo, 10 de dezembro de 2017

Passeio 99 km (Castanhalzinho)

Hoje saí de casa às 7 horas para andar na Alça Viária. Fui até o km 32 e entrei numa estrada de piçarra à esquerda.

Eu acreditava que havia um caminho que encontrasse aquela estrada que liga o km 26 da estrada de Bujaru para Concórdia ao km 24 da Alça Viária.

Não havia placas e eu não quis perguntar. Fui escolhendo o caminho nas encruzilhadas.

Andei uns 35 minutos num trecho com subidas suaves e depois surgiram vários barranquinhos em seqüência.

 As subidas eram tão inclinadas que eu precisei projetar o meu peso bem para a frente para não empinar a bicicleta. 

Cheguei a um lugar onde havia uma aparelhagem fazendo barulho. Passei por mais um barranquinho e a estrada acabou num gramado irregular.

Voltei e pedi orientação a algumas pessoas.

Falaram que o lugar onde eu havia chegado era Castanhalzinho e que havia um caminho para a estrada que eu procurava alguns km antes onde eu havia passado.

Na volta um senhor de moto (Sr. Antônio) conversou comigo e convidou para comer alguma coisa na sua residência.

A entrada era ao lado de uma oficina de motos (km 7). Falei a ele que não era preciso pois eu tinha muita água na bicicleta e iria comprar umas bolachas em algum comércio.

Falei a ele das minhas publicações na internet e trocamos telefones de contato.

Quando cheguei ao local onde havia o caminho que eu procurava perguntei qual a distância até o outro ramal e disseram 12 km.

Como eu  já estava a 5 ou 6 km do km 32 da Alça Viaria, resolvi voltar pelo mesmo caminho.

Neste trecho de piçarra (12+12km) encontrei muitas motos; todo mundo sem capacete, homens, mulheres e inclusive crianças sozinhas pilotando!

O pneu traseiro estava muito baixo. Por preguiça de trocar a câmara, enchi ele 4 vezes em 44 km e depois que cheguei em casa ele parou de esvaziar.

Por não ter levado nada para comer, parei numa lanchonete no km 30. Comi um pão de queijo e tomei uma xícara de café.

O calor estava intenso. O ar respirado entrava quente e não atendia satisfatoriamente a necessidade do corpo.

Para completar, o vento contra estava persistente na volta.

Depois de 7h35min cheguei em casa.

Além da merenda o consumo foi de 3,7 litros de água. 75 km asfalto + 24 km piçarra.


domingo, 3 de dezembro de 2017

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 16ª parte (Nazaré das Farinhas/Teixeira de Freita-BA)

26/10/87 Saímos pouco depois das 5h da manhã, Depois de pedalar uns 20 km, numa barraquinha anexa a uma escola comemos mamões e laranjas.

Em Santo Antônio de Jesus deixamos os aerogramas no correio.

Num supermercado em frente ao correio compramos sardinha, xampu, pilhas, caneco, refresco e doces.

Na saída da cidade paramos num posto para descansar.

Mais adiante, no posto da Polícia Rodoviária, o guarda mandou um caminhãozinho F-4000 nos dar carona até o outro posto da Polícia perto de Ubaitaba. O caminhãozinho tinha uma carga de grades de ferro.

Depois da carona, almoçamos farinha com sardinha.

Seguindo, na entrada de Aurelino Leal, pedimos água e compramos picolés.

Estava exageradamente quente. Já estávamos na região do cacau.

Depois da entrada para Uruçuca pedimos abrigo num posto e numa fazenda e o resultado foi negativo.

Escureceu. Continuamos até chegar ao Posto Belém (uns 10 km antes de Itabuna).
Lá, depois de tomar banho e comer, dormimos com as redes penduradas em um caminhão de Cachoeiro do Itapemirim (saiu às 3h) e depois num caminhão de Canavieiras. Estava frio.


27/10/87  Saímos por volta das seis horas e fomos em meio à neblina até Itabuna. Num posto de gasolina tomamos café (pão com bife + bolo).

Noutro posto, na entrada de Buerarema, pedimos água.

Mais adiante tomamos banho num riacho onde uma mulher lavava roupa.

Depois, quase no alto de uma longa subida, debaixo de uma jaqueira, paramos para descansar e almoçar e tomar banho num riacho no meio dos cacaueiros.

Na entrada para Una pedimos água num restaurante.

Em São João do Panelinha compramos “saquinho gelado”, pão e bananas.

Depois da entrada de Camacã pedimos água num posto de gasolina.

12 km adiante, na Polícia Rodoviária, pedimos abrigo e não deu certo.

Mais adiante, pedimos numa fazenda e também não deu certo.

No escuro, num sobe e desce intenso até São João do Paraíso e mais 2 km além entramos no Posto Paraíso. Jantamos pão+banana+chibé e dormimos no balcão de cozinha reservado para uso dos caminhoneiros.

28/10/87 Após o café na lanchonete do posto, continuamos a viagem subindo e descendo morros. Paramos várias vezes para descansar.

Próximo ao Rio Jequitinhonha, numa barraquinha, comemos laranjas.

Na entrada de Itagimirim, na lanchonete do posto, comprei bolo e salsichões e comemos com farinha.

Chegamos a Eunápolis ao anoitecer. Na cozinha da lanchonete do posto Ilda preparou o nosso jantar (macarrão).

Dormimos em cima de um caminhão Mercedes vermelho de um motorista mineiro.

29/10/87 Neste dia os morros ficaram ainda mais altos. As plantações de cacau foram desaparecendo.

Numa longa subida Ilda criou coragem e agarrou na traseira de um caminhão lento. Depois ela repetiu a façanha por mais duas ou três vezes.

Entramos em Itabela por volta das onze horas. No posto Barão de Tefé um caminhoneiro cabeludo e bigodudo de um Mercedes 1113 azul nos ofereceu uma carona até Linhares, sendo que nós deveríamos esperá-lo no Posto Sítio Novo que ficava 4 km mais adiante.

Fomos até lá. Penduramos uma rede entre duas árvores. Comemos macarrão, sardinha, farinha e milho em conserva.

Ficamos descansando e esperando o caminhão.

Às 16h30min, não tendo aparecido o tal caminhão, resolvemos seguir.
Arrumamos as coisas.

Quando chegamos ao asfalto estava passando aquele caminhão no qual dormimos em Eunápolis. Colocamos as bicicletas em cima da carga de madeira e seguimos junto.

Passando por Itamaraju o caminhão parou no Posto Flecha.

O motorista e o auxiliar apelidado de porco russo foram tomar banho.

Seguindo viagem, já escuro e com um vento muito frio, o caminhão foi até Teixeira de Freitas.

Ficamos no Posto onde havia um restaurante “O Gato Q Ri”. O caminhão seguiu viagem.

Tomamos banho. Ganhamos laranjas de um senhor paulista que estava viajando de fusca com a família. Depois entrei no restaurante para comprar cem cruzados de comida e ganhei sem pagar.


Dormimos no chão numa área anexa ao restaurante.
A rede molhou com o sereno. Aproveitei a parada de descanso, comi macarrão e seguei a rede rapidinno naquele vento

Vimos muitos cacaus na beira da estrada mas não pegamos nenhum; só levamos a lembrança.

Passeio 106 km (ao redor de Benevides)

Hoje resolvi variar um pouco o percurso. Segui pela BR até o km 21 (primeira entrada para Benevides).

Depois da entrada do Clube Neópolis andei mais ou menos 1 km e entrei numa rua à direita ao lado de um muro comprido.

Fui seguindo por ela e lá na frente entrei na Estrada de Maravilha. Passei pelos igarapés de Taiassuí e Maravilha. Muitos morrinhos, piçarra, poeira, costelas de vaca, pequenos trechos com areia (diferente da BR).

Na saída para Pupunhateua havia uma aparelhagem tocando em volume altíssimo aquelas coisas horríveis que não dá pra chamar de música. Estavam lá apenas dois rapazes.

Quando cheguei na saída para Caraparu escolhi voltar no rumo de Benevides (pelo caminho onde há várias hortas).

Nas proximidades da cidade tentei uma entrada nova e me perdi na periferia. Não pedi orientação a ninguém e achei um caminho novo após uns 20 minutos. Estava num bairro chamado Maguari e encontrei a estrada para Cupuaçu.

Mesmo sendo onze e tanto da manhã eu estava andando na sombra.

Passei pela vila de Cupuaçu, segui até a BR e retornei.

Decidi ir para os lados de Benfica. A última vez que eu havia andado em Benfica e Murinim foi em 1991 ou 1992.

Mudou muito. Benfica ficava a 8 km da BR. Hoje encontrei no meio do caminho uma área urbana nova e, depois de Benfica,mais uma área urbana muito comprida com muita gente na rua, comércio, escolas, etc. (nos anos 90 Murinim era um povoado com apenas dois pequenos estabelecimentos comerciais).

Segui até o final da estrada e acabei no meio de algumas madeireiras, muitas toras e um cheiro inconfundível de madeira serrada.

Conversei com um rapaz que estava lá (um segurança?). Ele disse que da BR até lá eram 15 km de distância.

Fiz o caminho de volta para a BR e voltei para casa, tendo completado o percurso em 7 horas e 4 minutos.

Quando eu ando num caminho diferente me sinto mais feliz. Aliás, eu adoro estar sozinho em lugares estranhos!

Consumo do passeio: duas bananas, 19 bolachas Maria e 3,5 litros de água.
(Asfalto = 73 km e piçarra = 33 km).

domingo, 26 de novembro de 2017

Dois passeios de 80 km (BR-316 e Alça Viária)

Domingo passado dei uma volta na BR. Fui até o km 44 e voltei. Consumi 15 bolachas e 3,2 litros de água.

Hoje, 26/11, andei na Alça Viária até o km 36 e voltei. Consumi 15 bolachas e 3,5 litros de água.

Os dois passeios foram entre as 8 e as 14 horas com muito sol e velocidade média de 14 km/h.
 A bicicleta "descansando" depois do passeio de hoje.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Viagem janeiro/17 - 10ª parte (Quatiguá/Palmeira-PR)

19/01/17 Eu já estava acordado e ainda deitado quando alguém ligou a luz. Era uma funcionária do restaurante que iria utilizar o vestiário. A situação iria ficar meio complicada, mas ela disse que voltaria depois.
Logo eu levantei e saí do vestiário com as minhas coisas.
Fui ao banheiro e quando cheguei à lanchonete para tomar café ela estava lá atendendo.
Agradeci pela hospitalidade e segui viagem. Um dia de muitas subidas e vento contra.
Antes de Siqueira Campos parei num restaurante e fiz uma merenda. Perguntei à senhora que atendeu se ela sabia onde havia alguma oficina de bicicleta, mas ela não sabia.
Logo depois apareceu um menino de uns dez anos com um uniforme de futsal e explicou com precisão onde havia uma oficina perto da Caixa Econômica Federal.
O pneu traseiro estava com pouco ar. Perguntei ao mecânico se ela tinha um pneu melhor para vender e ele indicou uma loja ali na mesma rua.



Comprei um Levorin Ecxess 1.95 (pressão 50 psi) por 40 reais.
Voltei à oficina pedi para trocar o pneu e fazer alguns ajustes na bicicleta. Enquanto o  mecânico trabalhava fui a um supermercado e comprei bananas e leite longa vida.
O mecânico não quis cobrar pelo serviço.
Segui viagem e fui passando por Wenceslau Braz, Calógeras e Arapoti e cheguei a Jaguariaiva já no escuro.
Nas últimas horas deste dia (a menos que fosse outra coisa) passei por dentro de uma nuvem.
No posto Mirandinha eu perguntei aos bombeiros onde poderia dormir e eles falaram que o lugar para andarilhos era debaixo de uma escada ao lado do escritório.
Não achei bom e só consegui lá pelas 20 horas um lugar debaixo de uma carreta. Tiraram fotos, mandaram para minha casa  e deram alguma coisa para comer.




Caiu uma chuvinha durante quase toda a noite.
Neste dia andei perto de 110 km e o consumo, além da última merenda antes de dormir, foi baton, salgado+café, salgado+café, leite, bananas, salgado+café, baton, salgado+café, bolo+café, coxinha+café e bolachas maria.



20/01/17 Ainda chovendo fino fui tomar café (pão de queijo+café) e saí do posto ainda meio escuro. Demorei uma hora e cinco minutos para andar 7 km até o posto de pedágio e fui merendar no Posto Pelanda (pizza+café). A lanchonete estava superlotada.
Neste dia o vento não incomodou tanto mas a estrada era praticamente estrada de serra.
Vi muitos pinheiros neste dia. Parei várias vezes para descansar. Quando descansava, comia umas 5 ou 6 bolachas e observava as formigas carregando as migalhas (aula de disposição e foco).
Na entrada de Piraí do Sul parei para merendar e descansar. Alguns rapazes que estavam na lanchonete me fotografaram.
No Posto Ipirangão outra merenda.
Passei por Castro.
Depois do pedágio parei no ponto de apoio da concessionária da rodovia. Conversei com o pessoal, fiz uma merenda e tiraram fotos.




O pneu dianteiro estava furado. Fui enchendo com a bomba e achei uma oficina em Carambeí, na 5ª rua paralela à rodovia.
Eram três furos. O mecânico cobrou só seis reais.
Depois, descidas e subidas longas até Ponta Grossa.
Na entrada da cidade um dos funcionários que estava no ponto de apoio da concessionária da rodovia passou num carro e acenou para mim.
Atravessei a cidade, andei alguns km na direção de Curitiba e saí à direita para Palmeira.
Estava escurecendo. Perguntei a que distância estava o próximo posto de gasolina. 34 km, estrada sem acostamento, estreita e “muito perigosa”.
Depois de andar algum tempo no escuro (com a faixa reflexiva e as lanternas), vi uma espécie de clube onde pessoas andavam a cavalo (jóquei clube?).
Perguntei a um senhor que estava perto da cerca a distância até o posto de gasolina e ele falou “uns 20 km e havia duas serrinhas para passar”.
O trecho exigiu muita atenção e paciência. Passei por alguns povoados. Tudo incrivelmente quieto, com exceção dos cachorros.
Na saída de um vi um pequeno comércio onde havia três homens. Entrei e comprei um enorme empanado de carne por quatro reais. O comércio logo fechou e os homens foram embora. Eram 23h15min horário de verão.
Eu, autorizado pelo dono, pendurei a rede defronte o prédio e dormi. Passei muito frio.

Neste dia andei 169 km. Consumo: pão de queijo+café, pizza+café, coxinha+café, bolachas maria e um empanado de carne.

domingo, 5 de novembro de 2017

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 15ª parte (Catu/Nazaré das Farinhas-BA)

23/10/87 Levantamos às cinco horas e vimos que o Sr. Justino já estava na frente da casa nos esperando.

Arrumamos nossas coisas, comemos beiju com margarina, agradecemos e saímos às 5h27min.

Em Catu, um reforço: pão com ovo e vitamina de mamão com leite.

Passamos por Pojuca.

Uns quatro km antes de Mata de São João descansamos num posto de gasolina.

Na entrada para Dias D’Ávila a pista duplicou e o acostamento tornou-se muito bom.

Vento a favor, mais descidas que subidas, passamos perto do Complexo Petroquímico de Camaçari.

A uns 30 km de Salvador telefonei para o escritório de representante B.Braun e deixei recado para José Raimundo que chegaríamos à tarde.

Mais adiante almoçamos farinha+sardinhas+ervilhas e descansamos.

Depois de Simões Filho, no km 23 da BR-324, tomamos caldo de cana.

Na entrada de Salvador ajudamos a empurrar uma camionete tipo F-1000 que estava encalhada em cima do canteiro da avenida.

Depois, subimos um morro (Acupe de Brotas) e chegamos ao escritório B.Braun. José Raimundo nos recebeu.

Liguei para a Labortec em Belém, falei com Walber. Depois, descanso.

À noite, com o dinheiro que José Raimundo nos deu lanchamos na padaria.

Dormimos no chão de uma sala do escritório.

24/10/87 Fui comprar pão de manhã cedo e passamos todo o dia dentro da casa, atualizando a correspondência e descansando.

25/10/87 Edvaldo deixou cem cruzados para levarmos.
Fiz um bilhete para José Raimundo, tomamos café e saímos às 9 horas (horário de verão).



Fomos direto ao terminal do “ferry-boat” e atravessamos para a ilha de Itaparica. Durante a travessia comprei alguns picolés.

Chegando à ilha, comprei biscoitos, bananas, farinha e margarina.
Entramos em duas praias e pedimos água na Polícia Rodoviária.

Depois der sair da ilha tomamos banho num riozinho bem gelado e descansamos à sombra do bambuzal.




Entramos em Nazaré das Farinhas à tardinha. Sentamos num banco da praça, pedimos água num comércio e fomos atrás de pernoite.
Conseguimos autorização do delegado João Pedro para dormir no Complexo Policial de Nazaré. Ficamos esperando o guarda de plantão.

Como estava demorando muito para ele chegar, resolvemos nos acomodar nos bancos de um automóvel Chevette.


Ainda apareceu por lá o tal de “Carcaça” (mecânico, borracheiro e motoqueiro) e conversou um pouco com a gente.

Passeio 91 km (Alça Viária)

Hoje, depois de visitar alguns clientes (19 km de deslocamento), fui dar mais um passeio. Com o selim 2 cm mais alto, corrente boa e guidão 4 cm mais avançado, saí de casa às 10h05min.

Escolhi ir para a Alça Viária (trânsito menos intenso).

O sol estava muito quente, mas eu gostei.

Fui até o km 40 e voltei. Faltando 28 km para chegar em casa comecei a bocejar, sinal  de que algo estava desequilibrado no meu corpo.

Passei a pedalar mais devagar e cheguei em casa às 16h07min.

Consumo: 19 bolachas maria e 3,4 litros de água. 

domingo, 29 de outubro de 2017

Viagem janeiro/17 - 9ª parte (Ocauçu-SP/Quatiguá-PR)

 18/01/17 Levantei cedo, fui à lanchonete tomar café (pão de queijo + café).

Seguindo viagem, andei uns 10 km e fiz outro lanche em outro posto de gasolina.

Passei por Ourinhos. Pouco depois passei a ponte sobre o Rio Paranapanema e entrei no Estado do Paraná.

 Após um retorno junto a um pedágio segui no rumo leste e ganhei uma nova companhia: o vento contra (até Jaguariaiva).

Ainda andando na margem do rio, sentei à sombra do bambuzal e comi algumas bolachas maria.







Depois, no Posto Conexão, mais uma merenda e peguei água. Passei por Jacarezinho. Outra parada no Posto Shell Cristalina.
Mais adiante passei por Santo Antônio da Platina.
Depois, no Posto Chapadão, outra merenda.
Mais adiante, outro trevo e segui à esquerda pela PR-092.
Fui andando do jeito que dava e entrei em Joaquim Távora no final do dia.

Num posto enorme (Mazoti) conversei com alguns funcionários que informaram que não havia lugar para eu passar a noite.

Segui adiante, no escuro, mais uns 7 km e cheguei ao Posto Farol.

 Conversei com alguns caminhoneiros no estacionamento e ganhei informações sobre o banho e alimentação.

Deixei a bicicleta para eles repararem enquanto fui tomar banho.

Depois fui jantar. Pedi os ingredientes para “desdentado” (feijão, arroz, ovo frito, salada).

Depois de jantar, um senhor baixinho que parecia ser o chefe do restaurante, disse que eu não precisava pagar porque  "já estava pago".

Além disso, indicou um prédio ao lado do restaurante onde eu poderia entrar em qualquer porta e passar a noite.

Entrei numa sala que parecia ser um vestiário com banheiros. Não havia ninguém. Ajeitei a rede e a lona da bicicleta no chão, desliguei a luz e dormi.

Neste dia calculo ter andado 139 km. Consumo, além das bolachas maria e água, pão de queijo+café, salsicha+café, salgado+café, coxinha+café, salgado+café e prato feito.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 14ª parte (Junqueiro-AL/Catu-BA)

18/10/87  Saímos às cinco e pouco.
No entroncamento para Penedo e Arapiraca tomamos café numa padaria e aproveitamos para pedir água. Mais adiante, na beira da estrada, comemos mamão numa barraquinha.

No acesso para Porto Real do Colégio tomamos banho num posto de gasolina.

Logo em seguida paramos na ponte sobre o Rio São Francisco.





Na entrada para Propriá, num trailer da fiscalização, encostamos as bicicletas e eu fui buscar água num acampamento de ciganos.

Junto à torneira um cigano perguntou se eu não queria vender a minha aliança.....

Os rapazes da fiscalização nos deram comida e ofereceram as instalações do trailer se quiséssemos usar (fogão, cadeiras, etc.).

O fiscal Alberto deu um abrigo de mangas compridas Adidas para levarmos junto (a Ilda que usou).

Continuamos o percurso em ritmo bem confortável e terminamos o dia num posto próximo ao Km 40 (uns 65 km de Aracaju).

Neste dia os canaviais sumiram da nossa vista.

Por indicação de um funcionário do posto, fomos dormir numa casa de fazer farinha.



19/10/87 Saímos por volta das 5h30min.

Andamos uns 10 km e tomamos café (cuscuz, inhame e ovos).

O acostamento todo destruído nos obrigava a andar mais devagar do que lentamente.

Entramos num posto de gasolina e fizemos um lanche (2 americanos + queijo).

Em Maruim, no posto telefônico, liguei para Nelson em Aracaju avisando que chegaríamos por lá na parte da tarde. 

Tomamos banho em outro posto e chegamos ao Terminal Rodoviário de Aracaju às 13 horas. Descansamos e comemos alguns picolés.



Telefonei novamente para Nelson. Fomos à residência dele e esperamos até as 18 horas, quando ele e a esposa Fátima chegaram.

Jantamos, conversamos e fomos dormir.




20/10/87 Pela manhã eu e Ilda passeamos pela cidade de bicicleta e à tarde ficamos no apartamento descansando.





21/10/87 Levantamos bem cedo e tomamos um café bem reforçado com Nelson e Fátima.

Para levar, Fátima nos deu macarrão cozido com carne e batatas, latas de ervilhas, sardinhas e leite condensado, alguns ovos cozidos e uma calça para Ilda usar no frio.

Saímos às 6h50min. O céu estava com cara de chuva. Na beira da estrada eu vi plantações de mandioca, milho, coqueirais e laranjais.

Eu estava com diarréia e por isso fizemos algumas paradas a mais.

Depois de passar por Estância descansamos na sombra de uma enorme árvore e almoçamos.

Antes de chegar a Umbaúba tomamos banho num posto de gasolina e pedimos água.

Com mais descidas do que subidas, passamos por Umbaúba e entramos em Cristinápolis ao anoitecer.

No Posto Fiscal do IBDF conversamos com Zito, colega de Fátima.

Ele falou que poderíamos dormir na garagem da sua casa. 

Ilda tomou banho no posto fiscal e eu fui comprar bananas (nosso jantar).

Em frente à casa de Zito, sua mulher Helena tinha uma barraca de frutas. Ela nos deu algumas laranjas. Conversamos um pouco com ela e as crianças e fomos dormir.

Lá pelas 21 horas acordei com diarréia. Tudo quieto, fechado, a cidade estava dormindo. Só deu tempo de sair da garagem e correr para um canteiro de flores na casa da vizinha.


Depois, lá pela meia noite, levantei novamente mas não deu tempo de chegar no canteiro de flores e eu fiquei todo cagado no meio da pista, de calção, camisa e sandálias.

Eu não tinha a quem pedir ajuda e não podia voltar para a garagem.

Lembrei, então, que, na minha primeira viagem eu estive num posto de gasolina no outro lado da cidade. Fui para lá, a pé.

Numa esquina estava um homem com uniforme da Itapemirim. Perguntou se havia furado o pneu e eu contei a ele a minha situação. Ele falou que o posto ainda estava funcionando.

Lá no posto expliquei a situação ao segurança. Ele se lembrou da outra vez (1984) em que eu estive lá. Tomei banho (e a roupa também) e voltei para a garagem.

Umas duas horas depois, aquele sintoma de urgência se manifestou novamente. Desta vez nem pensei no canteiro de flores. Peguei a bicicleta e fui rapidinho até o posto. O segurança de assustou com a minha chegada e chegou a pegar a arma, mas logo entendeu a situação.

Cheguei a tempo ao banheiro e voltei à garagem.

22/10/87 Ao amanhecer, novamente aquele sintoma. Ouvi uma criança dentro da casa de Zito e pedi para  usar o banheiro.

Quando saí, já havia uma xícara de chá pronta para tomar. Tomei e fiquei curado.

Depois do café, nos despedimos e ganhamos  alguns sanduíches que Helena preparou.

Antes de seguir viagem fomos comprar remédios. Quando as duas farmácias abriram (São João e Sales) compramos Quadriderm para Ilda e Metiocolin para mim.

Saímos da cidade às 7 horas. Andamos uns 6 km e entramos na Bahia. Mais alguns km e pedimos água num posto de gasolina. Depois, merenda.

Passamos por Esplanada.

 Uns 15 km antes de Entre Rios aceitamos uma carona.Era uma carreta de transportes pesados que nos levou até a entrada de Alagoinhas.

Minha bicicleta, com a trepidação do caminhão, entortou a coroa. Em Alagoinhas, na oficina Pedal de Ouro, o mecânico Tota endireitou a coroa e eu paguei 50 cruzados.


Na saída para Catu, num posto de gasolina, comemos chibé e pedimos água. Mais adiante, no alto de uma subida, paramos para descansar e comemos mamão e beiju numa barraquinha.

Pouco mais adiante tomamos banho num riacho onde uma mulher e sua filha descascavam mandioca.

Escureceu. Pedimos pernoite num posto do DER-BA e não deu certo.

Numa casa um homem gritou “aqui não tem nada pra ninguém”.





Seguimos pela escuridão quase só caminhando e chegamos a um povoado (Campo Grande). Um senhor idoso de nome Justino nos deixou dormir numa pequena casa que estava em fase final de construção.