26/10/87 Saímos pouco
depois das 5h da manhã, Depois de pedalar uns 20 km, numa barraquinha anexa a
uma escola comemos mamões e laranjas.
Em Santo Antônio de
Jesus deixamos os aerogramas no correio.
Num supermercado em
frente ao correio compramos sardinha, xampu, pilhas, caneco, refresco e doces.
Na saída da cidade
paramos num posto para descansar.
Mais adiante, no posto
da Polícia Rodoviária, o guarda mandou um caminhãozinho F-4000 nos dar carona
até o outro posto da Polícia perto de Ubaitaba. O caminhãozinho tinha uma carga
de grades de ferro.
Depois da carona,
almoçamos farinha com sardinha.
Seguindo, na entrada de
Aurelino Leal, pedimos água e compramos picolés.
Estava exageradamente
quente. Já estávamos na região do cacau.
Depois da entrada para
Uruçuca pedimos abrigo num posto e numa fazenda e o resultado foi negativo.
Escureceu. Continuamos
até chegar ao Posto Belém (uns 10 km antes de Itabuna).
Lá, depois de tomar
banho e comer, dormimos com as redes penduradas em um caminhão de Cachoeiro do
Itapemirim (saiu às 3h) e depois num caminhão de Canavieiras. Estava frio.
27/10/87 Saímos por volta das seis horas e fomos em
meio à neblina até Itabuna. Num posto de gasolina tomamos café (pão com bife +
bolo).
Noutro posto, na
entrada de Buerarema, pedimos água.
Mais adiante tomamos
banho num riacho onde uma mulher lavava roupa.
Depois, quase no alto
de uma longa subida, debaixo de uma jaqueira, paramos para descansar e almoçar
e tomar banho num riacho no meio dos cacaueiros.
Na entrada para Una pedimos
água num restaurante.
Em São João do
Panelinha compramos “saquinho gelado”, pão e bananas.
Depois da entrada de
Camacã pedimos água num posto de gasolina.
12 km adiante, na
Polícia Rodoviária, pedimos abrigo e não deu certo.
Mais adiante, pedimos
numa fazenda e também não deu certo.
No escuro, num sobe e desce
intenso até São João do Paraíso e mais 2 km além entramos no Posto Paraíso.
Jantamos pão+banana+chibé e dormimos no balcão de cozinha reservado para uso
dos caminhoneiros.
28/10/87 Após o café na
lanchonete do posto, continuamos a viagem subindo e descendo morros. Paramos
várias vezes para descansar.
Próximo ao Rio
Jequitinhonha, numa barraquinha, comemos laranjas.
Na entrada de
Itagimirim, na lanchonete do posto, comprei bolo e salsichões e comemos com
farinha.
Chegamos a Eunápolis ao
anoitecer. Na cozinha da lanchonete do posto Ilda preparou o nosso jantar
(macarrão).
Dormimos em cima de um
caminhão Mercedes vermelho de um motorista mineiro.
29/10/87 Neste dia os
morros ficaram ainda mais altos. As plantações de cacau foram desaparecendo.
Numa longa subida Ilda
criou coragem e agarrou na traseira de um caminhão lento. Depois ela repetiu a
façanha por mais duas ou três vezes.
Entramos em Itabela por
volta das onze horas. No posto Barão de Tefé um caminhoneiro cabeludo e
bigodudo de um Mercedes 1113 azul nos ofereceu uma carona até Linhares, sendo
que nós deveríamos esperá-lo no Posto Sítio Novo que ficava 4 km mais adiante.
Fomos até lá. Penduramos
uma rede entre duas árvores. Comemos macarrão, sardinha, farinha e milho em
conserva.
Ficamos descansando e
esperando o caminhão.
Às 16h30min, não tendo
aparecido o tal caminhão, resolvemos seguir.
Arrumamos as coisas.
Quando chegamos ao
asfalto estava passando aquele caminhão no qual dormimos em Eunápolis.
Colocamos as bicicletas em cima da carga de madeira e seguimos junto.
Passando por Itamaraju
o caminhão parou no Posto Flecha.
O motorista e o
auxiliar apelidado de porco russo foram tomar banho.
Seguindo viagem, já
escuro e com um vento muito frio, o caminhão foi até Teixeira de Freitas.
Ficamos no Posto onde
havia um restaurante “O Gato Q Ri”. O caminhão seguiu viagem.
Tomamos banho. Ganhamos
laranjas de um senhor paulista que estava viajando de fusca com a família.
Depois entrei no restaurante para comprar cem cruzados de comida e ganhei sem
pagar.
Dormimos no chão numa área
anexa ao restaurante.
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A rede molhou com o sereno. Aproveitei a parada de descanso, comi macarrão e seguei a rede rapidinno naquele vento |
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Vimos muitos cacaus na beira da estrada mas não pegamos nenhum; só levamos a lembrança. |
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