22/04/84 Levantei às
6h40min. Tomei café, arrumei minhas coisas, me despedi de Roque e segui viagem.
Entrei em Olinda e bati duas fotos. Passei por
Paulista, Abreu e Lima e Igarassu. A estrada era de blocos de concreto e
passava por entre canaviais.
Entrei em Goiana ao meio-dia. Pedi alimentos
em algumas casas e ganhei bolachas, pão, bananas e uma manga. Comi e continuei.
Depois da divisa PE/PB,
a estrada passou a ser de asfalto. Os canaviais foram sumindo. Vi muitos
cajueiros.
Entrei em João Pessoa
ao anoitecer. Pedi alimentos e ganhei pão, bolachas, bananas, mangas, abacates,
goiabas e doce em calda. Na última casa pediram para ver meus documentos.
Fiquei conversando até cair uma forte chuva que durou uns 15 minutos.
Depois, fui até Bayeux.
Telefonei para mamãe no meio do caminho. Em Bayeux, procurei a delegacia de
polícia, atualizei o diário e dormi às 22h30min.
23/04/84 Levantei às
4h40min. Peguei a bicicleta e segui viagem. Na estrada, muitas subidas e um
longo banho de chuva. Depois da chuva, o eixo dianteiro começou a fazer ruído.
Entrei em Mamanguape e, numa oficina, paguei o
reparo com 500 cruzeiros. Sentei em frente ao prédio do correio, escrevi alguns
aerogramas e despachei. Fui pedir alimentos e ganhei pão, bolachas, bolo de
canjica, bananas e 200 cruzeiros. Segui viagem e suportei mais uma grande
chuva.
Entrei em Canguaretama, já no Rio Grande do
Norte. Pedi alimentos em algumas casas e ganhei pão, bolachas, uma laranja e
bolo de coco. Na saída da cidade, tomei um banho num posto de gasolina e segui.
Entrei em Goianinha ao anoitecer. Pedi
alimentos e ganhei pão, bolachas, bananas, uma tangerina, uma lata de sardinhas
e uma laranja. Num banco da praça fiz minha refeição e conversei com alguns
rapazes. Depois, fui à delegacia de polícia. Deram um colchão e dormi num
alojamento. Alguns policiais dormiam em redes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Quer comentar?