domingo, 27 de dezembro de 2015

Curioso acidente de trânsito

Meu transporte é a bicicleta. Para dar uma noção de o quanto ando, vou e volto de casa ao centro de Belém (2x21 km) perto de 300 dias por ano, sendo que a última vez em que usei um ônibus foi em 2013.

Num destes dias, no início da noite, chegando a um cruzamento muito movimentado, no final da Av. Almirante Barroso estava eu seguindo pelo meio da pista (trânsito lento), ao lado de um pequeno caminhão baú. Costumo acompanhar caminhões e ônibus lentos, pois funcionam como uma proteção lateral.

De repente, o caminhão deu uma acelerada e eu estava ficando para trás, quando, estranhamente, a bicicleta sumiu do meio das minhas pernas e eu, automaticamente, usei as pernas para não cair e fui quase caindo, como se houvesse tropeçado, e, instintivamente, fui para o lado da pista, sendo que cheguei até a calçada, onde caí e logo levantei.

A bicicleta estava lá no meio da pista, e uma moto parada ao lado, com dois rapazes. Todos os carros também pararam para ver o desfecho....

Como foi que a bicicleta saiu debaixo de mim?
Quando o caminhão acelerou e eu fiquei para trás, o “esperto” motoqueiro entrou logo atrás do baú e pretendia atravessar a pista, sendo que bateu na caixa da bicicleta. A bicicleta caiu para o lado e eu iria cair para frente, mas consegui “transferir a queda” para a calçada.

Fui lá, disse ao motoqueiro que estava tudo bem, tirei a bicicleta da pista, e o trânsito voltou ao normal. A bicicleta não sofreu danos e eu só esfolei levemente um braço.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Minha primeira grande viagem (Recife/Goianinha-RN) (25º parte)

22/04/84 Levantei às 6h40min. Tomei café, arrumei minhas coisas, me despedi de Roque e segui viagem.

 Entrei em Olinda e bati duas fotos. Passei por Paulista, Abreu e Lima e Igarassu. A estrada era de blocos de concreto e passava por entre canaviais.

 Entrei em Goiana ao meio-dia. Pedi alimentos em algumas casas e ganhei bolachas, pão, bananas e uma manga. Comi e continuei.

Depois da divisa PE/PB, a estrada passou a ser de asfalto. Os canaviais foram sumindo. Vi muitos cajueiros.

Entrei em João Pessoa ao anoitecer. Pedi alimentos e ganhei pão, bolachas, bananas, mangas, abacates, goiabas e doce em calda. Na última casa pediram para ver meus documentos. Fiquei conversando até cair uma forte chuva que durou uns 15 minutos.

Depois, fui até Bayeux. Telefonei para mamãe no meio do caminho. Em Bayeux, procurei a delegacia de polícia, atualizei o diário e dormi às 22h30min.


23/04/84 Levantei às 4h40min. Peguei a bicicleta e segui viagem. Na estrada, muitas subidas e um longo banho de chuva. Depois da chuva, o eixo dianteiro começou a fazer ruído.

 Entrei em Mamanguape e, numa oficina, paguei o reparo com 500 cruzeiros. Sentei em frente ao prédio do correio, escrevi alguns aerogramas e despachei. Fui pedir alimentos e ganhei pão, bolachas, bolo de canjica, bananas e 200 cruzeiros. Segui viagem e suportei mais uma grande chuva.

 Entrei em Canguaretama, já no Rio Grande do Norte. Pedi alimentos em algumas casas e ganhei pão, bolachas, uma laranja e bolo de coco. Na saída da cidade, tomei um banho num posto de gasolina e segui.


 Entrei em Goianinha ao anoitecer. Pedi alimentos e ganhei pão, bolachas, bananas, uma tangerina, uma lata de sardinhas e uma laranja. Num banco da praça fiz minha refeição e conversei com alguns rapazes. Depois, fui à delegacia de polícia. Deram um colchão e dormi num alojamento. Alguns policiais dormiam em redes.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Minha primeira grande viagem (Pontezinha/Recife) (24ª parte)

15/04/84 Levantei cedo e saí.  Vi uma placa que dizia “Recife a 10 km”. Eu estava me sentindo muito fraco. Logo que entrei em Recife, procurei pelo meu amigo Roque Wagner no SRPV do aeroporto. Informaram que ele havia trabalhado toda a noite e que voltaria só em 72 horas.

Fui até o apartamento onde ele morava, na Boa Viagem. Ele estava lá. Conversamos um pouco,   tomei café. Roque  foi dormir e eu também tirei uma soneca.

Mais tarde, Roque levantou e fomos à praia ouvir música, conversar e tomar cerveja. Retornando ao apartamento, almoçamos e assistimos TV. Atualizei o diário e escrevi alguns aerogramas. No início da noite, demos umas voltas de moto. Na praça da Boa Viagem havia uma feira com pratos típicos e artesanato. Choveu. Roque comprou para mim uma banana congelada envolta em calda de chocolate (“banana zerada”). Telefonei para mamãe.

Na volta ao apartamento, tivemos de parar e esperar a chuva passar. Roque preparou ovos mexidos e jantamos. Depois.Roque foi namorar e eu fui dormir.

16/04/84 Levantei pouco depois das sete horas. Roque estava dormindo. Fui até a praia. Havia algumas pessoas correndo na beira do mar. Eu quis correr também, mas não consegui completar nem 500 metros, pois minha perna começou a doer.

Voltei ao apartamento, fiz uma refeição e escrevei mais alguns aerogramas. Roque levantou e fomos ao supermercado fazer compras. Na volta,  ajudei Roque a fazer um trabalho de aula.

À noite, Roque foi à Universidade e eu fiquei no apartamento.

1704/84 Este dia foi parecido com o anterior, só que, quando Roque foi à Universidade, eu fui junto. Assisti a uma aula de Estatística e respondi a várias perguntas do professor, sendo que, quando ele perguntou qual o curso que eu estava fazendo, fiquei todo sem graça e Roque disse que eu era um visitante....

18/04/84 Roque levantou às 5h30min e foi trabalhar. Mais tarde, levantei, fui à padaria e tomei café. Fiquei no apartamento. Roque voltou às 13h15min. Fizemos um lanche e Roque me acompanhou até o terminal rodoviário onde peguei um ônibus para São Bento do Una, onde fui visitar outro amigo, o Valdir F. Kretschmer.

A viagem durou aproximadamente 5 horas. Quando desci do ônibus, estava escuro e chovia. São Bento do Uma era uma cidade bem pequena.  A primeira pessoa que abordei logo me explicou onde mora o “galeguinho” que trabalha no Banco do Brasil, a uns 300 metros dali.

Cheguei de surpresa. Estavam todos em casa, Valdir, a esposa Elize , a cunhada Márcia e as filhas Karine e Ana Paula.

Fiquei lá aproveitando a mordomia e retornei na madrugada do dia 21. Valdir comprou a passagem e ainda deu 2.500 cruzeiros.


Ainda fiquei no apartamento de Roque durante o restante do dia.