domingo, 16 de agosto de 2015

Minha primeira grande viagem (Gandu - Nazaré das Farinhas) (18ª parte)

01\04\84 Por volta das sete horas levantei e saí logo no rumo de Santo Antônio de Jesus. O céu estava todo cinzento.

 Entrei numa cidadezinha chamada Teolândia. As duas casas onde pedi alimentos, ganhei pão, bolachas, café com leite e duzentos cruzeiros. Mais adiante, numa vila chamada Itabaina, pedi numa casa e ganhei pão e bananas.

 As plantações de cacau foram desaparecendo, da mesma forma que o mato. Apareceram campos e criações de gado. Eu estava me sentindo muito bem neste dia.

 Entrei em Santo Antônio de Jesus à tarde. Tomei um banho num posto de gasolina. Pedi alimentos em duas casas; ganhei feijão com carne e farinha num saco plástico, laranjas e bananas. Comi. Eram 16h30min. Eu já havia andado mais de 100 km e continuava muito disposto! Resolvi seguir até Nazaré (Nazaré das Farinhas). As subidas tonaram-se mais suaves e venci o trajeto com facilidade.

Quando cheguei, já estava escuro. Em duas casas, ganhei laranjas, bananas, um sanduíche com carne e um copo com café. Fui até uma praça e atualizei o diário. Telefonei para Marta. Chupei as seis laranjas que ainda tinha. Fui à delegacia e dei mais três laranjas que encontrei na caixa a um soldado. Escrevi alguns aerogramas, tomei o café que o soldado serviu e fui dormir numa cama muito confortável.

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