quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O tomador de batida

(isto já foi postado em WWW.laurofiss.blogspot e estou copiando por que as pessoas acham muita graça deste ¨causo¨)

Quando eu morei em Porto Alegre, eu gostava de ir ao centro da cidade, na Praça 15 (15 de Novembro), tomar batida. Nas várias lanchonetes  havia, já cortados, pedaços de banana, mamão, abacate, maçã, e também outros ingredientes em potes, como aveia, neston, etc.

O meu costume era pedir 6 copos, com todos os ingredientes misturados e ainda ovos crus com casca e tudo. Aquilo para mim era um lanche normal...

Também na feira, ali próximo, na Rua Voluntários da Pátria, eu merendava bananas. As bananas só eram encontradas embaladas de 2 em 2 kg. Assim sendo, minha merenda era 2 kg de banana. Quando não tinha banana, eu me contentava em comer 2 kg de tomate....

Então, por ocasião da minha viagem de bicicleta ao Pará,  em 1984, estava eu dando umas voltas na cidade do Rio de Janeiro. Na Av. Presidente Vargas, próximo à esquina com a Rio Branco, entrei numa lanchonete e vi lá na parede que tinha batida. Fui ao caixa e comprei  4 copos.


Chegando ao balcão, e não vendo nenhuma fruta para fazer batida, nem banana, nem nada, perguntei  qual tipo de batida havia para escolher. E ouvi, espantado, maracujá, laranja, e outras frutas estranhas que nunca vi em nenhuma batida. Pedi  os 4 copos de maracujá. Imaginava que ia vir misturado com alguma farinha para engrossar, mas veio bem fininho, como um suco. O atendente ainda perguntou se eu ia tomar um só copo e voltar mais tarde, ao que eu respondi “pode trazer os 4, pois sou acostumado a tomar 6”... Quando tomei o primeiro gole, tinha um gosto estranho de cachaça. Como já estava pago, tomei tudo (os 4 copos).

 Me  senti  tão mal  que saí da lanchonete me apoiando na parede.  Não tive coragem de sair andando com a bicicleta. Eu estava zonzo. Sentei na calçada, no chão, até melhorar um pouco. Lembro que passou alguém vendendo “não-sei-o-quê”  e comprei. Após comer, melhorei um pouco, subi na bicicleta e pedalei vigorosamente até me sentir “normal”.

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