13/01/18 Levantei cedo, conversei com o rapaz do hotel e fui ao comércio tomar café conforme o combinado no dia anterior.
No meio do caminho encontrei o dono; ele havia esquecido que era domingo e veio abrir o comércio só para eu tomar café!
Conversei um pouco com ele (ele contou como conheceu e namorou e casou com a irmã do meu cliente...)
Saí de lá às 7h15min.
Segui até Barro Duro e conversei com um rapaz que estava esperando ônibus.
Depois, num outro povoado parei para merendar e conversei com o pessoal num pequeno comércio onde havia bananas para vender.
Depois passei por Cana Brava e segui no rumo de Parnaíba.
A estrada para Parnaíba estava muito mal conservada mas o movimento era mínimo.
Fiz uma merenda uns 10 km depois de Cana Brava e outra em Horizonte (povoado antes de Pirangi)
Na saída de Pirangi, ao passar pela ponte sobre o Rio Parnaíba, veio uma forte ventania com areia da esquerda para a direita e eu tive que caminhar agachado e com as pernas bem abertas para o vento não me derrubar, sendo que demorei uns dez minutos para atravessar a ponte.
Passei da ponte uns 300 m e parei numa pequena oficina até o vento acalmar e ser sucedido de uma chuvinha fina.
Segui até a BR que vai de Parnaíba para Piripiri e fiz outra merenda.
Então, na chuva, fui até Buriti dos Lopes onde cheguei às 18h20min, já escuro.
Andei nos três postos de gasolina que vi e não achei nenhum bom para pernoitar
(não havia caminhões).
Numa praça no centro jantei uma comida muito ruim (panelada com bucho).
Sempre na chuva, foi ao terminal rodoviário; esperei o pessoal embarcar num ônibus para Fortaleza e me acomodei num banco para dormir; depois de uns 40 minutos notei que eu estava sozinho.
Percorri todo o terminal, inclusive os banheiros e não achei ninguém.
Só vi duas motos estacionadas.
Depois de uns 20 minutos sairam duas moças de uma porta e iam sair com as motos; eram funcionárias.
Disseram que o guarda costumava chegar lá pelas duas ou três horas da madrugada mas que eu poderia ficar lá no banco.
Saí também e fui até o posto de gasolina na saída para Piripiri.
Ia passar a noite lá num banco de concreto, mas a chuva parou e eu armei a rede entre duas pequenas árvores nos fundos do posto.
O guarda do posto passou a noite dormindo numa sala.
Antes de ir dormir um rapaz que estava conversando comigo no banco mostrou no celular dele uma foto de um sítio onde foram derrubados três cajueiros por aquela ventania que eu encontrei na ponte.
Neste dia pedalei 119 km e o consumo foi café+pão, 4 bananas, bolo+café, coxinha+café, café+bolachas, panelada e uns 5 litros de água.
15/01/18 Saí do posto às 5h50min e pedalei 34 km até o outro posto que fica na entrada para Cocal e Tianguá.
Fiz uma merenda e comecei a andar contra o vento.
Entrei na cidade de Cocal da Estação e comprei bananas numa fruteira.
Um menino que passava de bicicleta me indicou onde havia oficina de bicicleta e eu fui lá para ver se conseguia uma regulagem no câmbio.
Numa oficina (era de motos) o homem falou que todos os mecânicos estavam ocupados e que demoraria.
Atravessei a rua e entrei em outra oficina de motos onde havia muita gente e umas 15 pessoas mexendo em motos.
Fiquei esperando até que o dono da oficina me atendeu.
Depois do serviço, não cobrou nada e tirou fotos comigo e um filho dele (depois contei para uma cliente minha que é deste lugar e ela falou que o tal dono da oficina é primo dela).
Seguindo viagem parei numa lanchonete que havia na beira da estrada.
Enquanto eu comia sentado a uma mesa uma ave preta com uma penas vermelhas no pescoço me circundava querendo comer a minha merenda. Era um jacu.
Um homem estranho sentou-se perto de mim e falou umas palavras que eu não entendi. Ele parecia estar drogado. Respondi que não estava entendendo o que ele dizia e ele disse mais umas palavras que eu não entendi e depois falou eu meto bala;
Terminei de comer a merenda e fui embora torcendo para ele não me seguir...
Em Padre Vieira, no posto de gasolina, fiz outra merenda.
Eram 15h. Comentei que teria que pedalar no escuro para chegar a Viçosa do Ceará (+ 30 km) e um senhor que ouviu me falou que iria mandar o seu filho me dar uma carona até lá (o caminhão já estava ligado) !.
Assim sendo, o trecho mais difícil acabou ficando para outra oportunidade.
Desci do caminhão na saída de Viçosa e segui com facilidade até Tianguá.
No cruzamento da estrada que ia de Fortaleza para Teresina vi na outra subida, a uns 800 m, um grande posto de gasolina, mas acabei ficando ali mesmo, na Pousada O Luizão onde fui muito bem atendido pelo casal proprietário.
Neste dia pedalei 105 km (+ 32 de carona) e o consumo foi café+bolachas, café+bolachas, 6 bananas, salgado de queijo+café, coca-cola, pastel+café, feijão+ovos fritos+farinha.
16/01/18 Saí da pousada às 5h50min. Quase na saída da cidade passei por esta igreja.
Igreja em Tianguá ao amanhecer |
Pouco depois já na avenida que sai para Ubajara, fiz minha primeira merenda (fiquei cuidando da lanchonete enquanto o rapaz foi buscar o material).
Depois, às 6h30min, saí de fato para Ubajara. Depois de alguns km encontrei um mascate de bicicleta que estava indo para Ubajara. Tinha ele 63 anos e subia as ladeiras com muito vigor (a bicicleta dele não tinha marchas e ele tinha uma técnica de pedalar em pé).
Parei num posto de gasolina para merendar e mais adiante o alcancei novamente.
Ele tirou uma foto e depois a filha dele mandou para a minha casa pelo "zap-zap".
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Entre Tianguá e Ubajara ao lado da bicicleta do mascate |
Depois passei por Ibiapina, São Benedito e Inhuçu e fui até a casa do cunhado do Nazareno (meu cliente) na zona rural de Carnaubal.
Eu já havia visitado ele no dia 20/02/2002 (o dia do anagrama), quando viajava de Natal para Ananindeua.
Errei o caminho e tive de ir perguntando (o Assis Pixica é muito conhecido na região). Cheguei lá às 12h30min e fiquei na casa até o outro dia.
Na casa também estavam a filha, o genro e o neto que mais tarde voltaram para a cidade
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