domingo, 13 de agosto de 2017

Viagem janeiro/17 - 5ª parte (Presidente Kennedy-TO/Porangatu-GO)

09/01 Levantei antes das seis horas e fui ao restaurante informar que havia desocupado o quarto.

Enchi as garrafas de água, comi umas bolachas e segui viagem. Já era o oitavo dia de viagem. O corpo estava cansado e ao mesmo tempo cheio de disposição. A vontade de andar mais e mais era quase um vício.

Em Guaraí entrei num supermercado e comprei bananas e leite.

Num posto de gasolina (Tabocão) fiz uma merenda com um salgado e um copo de café.

O café não podia fazer falta. Todos os dias, entre 11 e 15 horas, com o calor e a intensa claridade, eu me sentia sonolento.

Entrei em Barrolândia no início da noite. Jantei num restaurante pequeno com 15 reais e achei a comida muito ruim.

Fui ao posto de gasolina (Carreteiro) e constatei que havia comida boa por 12 reais. Paguei 5 reais para tomar banho e consegui dormir com a rede debaixo de um caminhão baú.




10/01 Neste dia encontrei muitas subidas que achei bonitas.

 Passei por Paraíso do Tocantins (comprei bananas e leite), Pugmil, Nova Rosalândia, Fátima e, antes das 18 horas parei no posto de gasolina em Santa Rita do Tocantins.

O motorista de um triplo baú de biscoitos (vazio), me fotografou, mandou para minha filha pelo “ zap-zap” e conversou com ela.

Jantei num restaurante indicado pelo funcionário do posto e dormi dentro do baú de biscoitos junto com outro andarilho que estava indo para o sul do Pará (PA-150).

Consumo do dia: bolachas, bolo + café, salgado + café, leite, bananas e prato feito (PF).



11/01 Levantei, tomei café, comi um salgado e segui. 


As subidas pareciam cada vez mais difíceis, mas eu ia subindo uma de cada vez...


Passei por Crixás do Tocantins.

 Em Aliança do Tocantins, já com 1300 km percorridos, fui a uma oficina de bicicletas e pedi para trocarem a corrente (procedimento planejado antes da viagem).

Com dificuldade fui até Gurupi, Depois de Gurupi, a estrada rumou mais para a esquerda (leste) e senti por vários km o vento a favor.

Passei por Cariri do Tocantins e cheguei às 18h35min em Figueirópolis. Jantei num restaurante antes de chegar ao posto Shell.

No posto tomei banho. Um funcionário indicou um caminhão nos fundos do posto (área coberta) para pendurar a rede e dormir.

Consumo do dia: salgado + café, leite, vitamina de abacate, bananas, bolachas, café + paçoca, prato feito.




12/01 Um copo de café mais um salgado na lanchonete do posto, as duas garrafas cheias de águas, e lá fui eu comer mais quilômetros.

Passei por Alvorada.

 Em Talismã o pneu furou. Um funcionário do posto de gasolina onde parei se mostrou um tanto hostil.

 Seguindo com o pneu furado, entrei num mercadinho, comprei bananas e perguntei por alguma oficina. A funcionária informou que eu encontraria a oficina mais à frente, logo depois de um supermercado.

Lá chegando, o pessoal informou que, por não haver mais mecânico, a oficina não funcionava mais.

Neste caso, eu mesmo troquei a câmara (4 arames/dois furos). O dono tirou fotos, fez um vídeo e mandou para a minha casa.

Aproveitei a parada e regulei o câmbio para poder usar a catraca 28. A maior que eu usava era a 24.

Seguindo viagem, já uns 30 a 40 km dentro de Goiás, parei num posto BR onde eu já havia dormido uma vez pendurando a rede num bambuzal.

Na lanchonete, uma moça gestante com uma enorme barriga me atendeu com incrível solicitude. A moça não cobrou pelo lanche, tirou fotos com o celular e recomendou que eu seguisse até o outro posto BR, já depois de Porangatu uns 10 km.

E lá fui eu. Ainda andei uns 40 minutos no escuro para chegar lá.   

O motorista de um baú frigorífico ficou cuidando da minha bicicleta enquanto eu tomei banho.

Quando voltei, ele me convidou para jantar e cozinhou alguns pacotinhos de macarrão instantâneo. O motorista falou que foi jogador de futebol (no Coritiba se não me engano) e que parou por causa dos joelhos que não tinham mais cartilagem. Disse que caminhar 50 metros sem interrupção causa muita dor nos joelhos, mas para dirigir o caminhão ele não sente nada. Tinha 65 anos e ofereceu carona até Goiânia (400 km).

Outro caminhoneiro, de um baú vazio, de Gaspar-SC, arranjou dois ganchos e ajudou a pendurar a rede no caminhão dele (estava ao lado do baú frigorífico).
Ele também ofereceu a mesma carona.

Acabei aceitando a segunda proposta, pois a bicicleta iria amarrada em cima do estepe no baú frigorífico.


Eu tinha projetado percorrer 150 km por dia. No final deste dia, pelas minhas contas, eu estava 51 km atrasado (1599 km em 11 dias).




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quer comentar?