Você já usou uma câmara de pneu como bóia? É muito
confortável!
Quando morei em São Luís, no Maranhão, eu jogava bola todos
os dias na Ponta da Areia, normalmente, das 15 horas até escurecer.
Num certo dia, apareceu uma câmara de pneu lá no pensionato.
Não me lembro de quem era, mas pedi emprestado para ir à praia.
Lá chegando, em
vez de jogar bola, fui com a câmara diretamente para dentro d’água. Sentei nela
e fui remando com as mãos lá para longe...
Estava muito bom, aquele balanço suave das ondas, água para
todos os lados e o barulho do vento. Uma sensação de paz e integração.
Depois de algum tempo, resolvi voltar para a praia.
Olhei e
vi a praia muito longe. Não dava para ver as pessoas. Os carros que passavam na
avenida pareciam formiguinhas.
Virei de costas para a praia e comecei a remar. Remei, remei
e remei.
Apesar do esforço, a praia continuava muito longe.
Resolvi, então, remar no sentido diagonal, com menor
resistência da correnteza, para chegar à margem, fosse onde fosse, pois seria melhor
do que ficar na água.
Depois de mais de meia hora, consegui chegar à margem, muito
longe da praia, numa lama preta lá pras bandas do bairro São Francisco.
De volta ao pensionato, comentaram que eu tive sorte de a
maré estar enchendo, pois, do contrário, provavelmente eu seria levado para
mais longe ainda da praia. Quiseram me assustar ao falarem que lá no canal,
onde eu estava, havia tubarões....
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