Muitas vezes, por querer
chegar mais longe, costumo andar no escuro mesmo. Normalmente, no início da
noite, o movimento nas estradas é intenso, e é possível andar com cuidado e
aproveitar a luz dos veículos.
Quando a lua está no
céu, facilita muito. Certa vez, em noite de lua cheia, próximo a Capanema/PA,
num trecho de reta, uma carreta, andando a uns 100 km/hora, ao me avistar a 1
km de distância, desligou os faróis e só ligou após passar por mim.
Porém, quando é muito
escuro e não dá para ver o chão, é muito arriscado. Posso cair por causa de
qualquer coisa que esteja no chão, colidir com outro ciclista sem luz, ou um
pedestre ou mesmo um animal.
Na primeira vez que
viajei pela rodovia Belém/Brasília, ao pernoitar num posto de gasolina a 40 km
depois de Paragominas (Posto Pernambuco), levantei antes das 4 horas, com muita
vontade de “comer quilômetros” e perguntei aos bombeiros como era a
pavimentação da estrada nos próximos 30 km. Ao ouvir que a pista estava sem
buracos, me animei e fui.
Era muito escuro e havia
neblina. Passava um caminhão de 15 em 15 minutos. Só podia ver o alto das
árvores dos dois lados e isto era a minha referência. No chão, quando vinha um
caminhão, apareciam as linhas tracejadas pintadas no meio da pista. Às vezes a
bicicleta ganhava velocidade estranhamente a ponto de eu não conseguir mais
pedalar e outras vezes parecia muito pesada (eu não conseguia perceber subidas
ou descidas).
Depois que amanheceu, percebi
o risco que eu corri. Se houvesse algum obstáculo “invisível” numa das
descidas, a queda poderia ser um problema.
Hoje uso lanternas.
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