Recordo pouca coisa do décimo
primeiro dia. Saí de Bom Jardim cedo e me concentrei em vencer os buracos e o
vento contra até aquela curva antes da entrada para Santa Helena. Nas últimas
horas choveu bastante e associei a chuva à proximidade com o Pará.
Cheguei até Marcaçumé,
já escuro, e jantei num restaurante localizado na saída da cidade, no lado
esquerdo. Faltavam apenas 12 km para Cajueiro, onde eu visitaria o Zé Fortino,
mas o pessoal do restaurante disse que eu poderia ficar para dormir; e assim
foi.
No 12º dia, saí cedo e
fui até a casa do Zé Fortino, onde tomei café e conversei um pouco. Com muita
vontade de chegar ao final da viagem, nos despedimos. O vento a favor, desde
aquela curva perto da entrada para Santa Helena, era muito bem-vindo.
Faltando uns 5 km para
chegar ao km 24, percebi o pneu furado. Sabendo da existência de uma borracharia
fui empurrando a bicicleta. Lá chegando, a borracharia não estava funcionando.
A minha bomba estava estragada e fui até o povoado, onde me informei e
encontrei uma oficina na última rua. O remendo foi feito com um ferro de passar
roupa (aquecido com fogo, pois não havia energia elétrica).
Seguindo viagem, andei
com muita disposição e, com uns dez km no escuro, cheguei a Santa Maria do
Pará, onde ganhei o jantar no restaurante e dormi debaixo de um caminhão no
posto de gasolina.
No 13º e último dia,
faltando apenas 100 km, segui fácil e cheguei na hora do almoço.
Aquele rapaz da oficina que consertou a câmara com ferro de passar roupa veio morar na grande Belém (nos encontramos na rua e conversamos tempos atrás).
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