A primeira vez que a
Ilda foi de bicicleta comigo para Marudá fez parte de uma preparação para uma
viagem maior que faríamos brevemente (a nossa lua de mel).
Saímos da casa da tia
Maria, lá na Av. Augusto Montenegro, ainda escuro e viemos pela estrada do
Tapanã, hoje Mário Covas. Apesar de estar acostumado a fazer o percurso
sozinho, aquele dia foi mais comprido.
Lembro que na primeira meia hora eu
arremedava os galos que anunciavam a chegada de um novo dia.
As duas bicicletas com
catraca 24, fomos andando só na manha, tomando todos os cuidados para ela não
ficar cansada. Acho que gastamos mais de 5 horas para ir até Castanhal (73 km).
Lá chegando, bem naquela subida onde está um Cristo Redentor, estourou o pneu
dianteiro da bicicleta da Ilda. Era exatamente o dia em que a Caloi Cruiser
dela estava completando um ano de uso.
Entramos numa rua à direita, a rua do campo do Vila Nova, e encontramos uma
oficina onde conseguimos outro pneu novo (Dunlop).
No trecho entre
Castanhal e a entrada para Curuçá, paramos para tomar banho em alguns igarapés
(tem um bocado). Em Terra Alta, fizemos uma merenda num comércio.
Faltando uns 30 km para
Marudá, a Ilda viu um bocado de Muruci (Murici) bem amarelinhos. Ficou comendo
de montão. Eu comi só alguns. Quando voltamos a pedalar, começou a escurecer.
Ela, então, começou a acelerar, e eu não consegui acompanhar. Falei a ela que,
se quisesse, poderia ir sozinha na frente, mas chegaria no escuro do mesmo
jeito.
Ela resolveu seguir
comigo, na manha. Sem ver o chão direito, andamos mais devagar ainda. Depois de
Marapanim, passamos por um pequeno trecho de barro antes de uma ponte. Chegamos
lá na casa da Mundica (sogra) às 8 e tanto da noite. Fiquei sabendo que algumas
pessoas haviam apostado que a Ilda não aguentaria o percurso.... No entanto,
ela ainda foi dançar no brega e eu, cansado, fiquei na rede descansando .
No dia seguinte, para
retornar a Belém, saímos muito cedo, numa madrugada muito escura. Lembro que em
alguns lugares havia pessoas deitadas na pista esperando ônibus, mas,
felizmente, pudemos perceber e evitar acidente. Quando começamos a ver o chão,
estávamos chegando naquela encruzilhada para Curuçá.
Depois, o vento a favor
veio e nos facilitou a volta.
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