21/01/18 Acordei cedo, comi duas bananas, observei uma das frentistas medir o combustível dos tanques, agradeci e segui viagem às 5h20min.
Depois de pedalar poucos minutos me surpreendi ao ver as luzes de Quixeré lá em baixo.
Eu devia estar a uns 4 ou 5 km da cidade.
Vista de Quixeré ao amanhecer |
Andei mais uns km e parei na lanchonete de um posto de gasolina (povoado Santa Terezinha).
Ouvia-se música de alguma festa (a mesma música que eu ouvi durante a noite no posto onde dormi).
Segui viagem por uma estrada muito plana, vi uma fábrica de cimento Apodi.
No trevo junto à fabrica de cimento Apodi |
Um grupo de ciclistas passou por mim andando com o dobro da minha "velocidade".
Um bom tempo depois, logo ao atravessar a divisa CE/RN parei na lanchonete de um posto e lá estavam os velocistas. Me apresentei como sendo um vagarosista. Fiz uma merenda com uma salsicha e café.
Um dos ciclistas alertou que aquela salsicha iria me fazer mal; argumentei que tenho pressão baixa e preciso comer coisas bem salgadas...
Passei por Baraúna e comecei a sentir mal estar quando estava entrando em Mossoró.
Parei umas duas vezes e sentei no acostamento de tão mal que me senti.
Entrei na cidade e, numa parada de ônibus em fente à Petrobrás encostei a bicicleta. Deitei no banco por uns 40 minutos.
Ao levantar vomitei muito líquido e muitos pedacinhos cor-de-rosa (salsicha) que pareciam plástico.
Me sentindo ou pouco menos mal, fui andando precariamente até um posto na saída da cidade e lá fiquei até umas 15 horas.
Segui adiante, mas, tendo andado uns dez minutos o pneu furou.
Parei na calçada da polícia militar para trocar a câmara.
Ao virar a bicicleta senti muita fraqueza.
Ajeitei o pneu e, sem coragem de seguir, retornei ao posto na saída de Mossoró.
Estava com medo de comer e vomitar novamente. Passei o resto do dia com iogurte e bolachas salgadas.
Pendurei a rede entre duas árvores e dormi.
Neste dia pedalei só 89 km e o consumo foi 2 bananas, minibolo, café, salsicha+café, café+leite, iogurte, bolachas salgadas e uns 3 litros de água.
22/01/18 A loja de conveniência do posto estava fechada.
Voltei uns dois km e tomei café no outro posto .
Às 5h40min segui. No caminho para Zé da Volta encontrei outro ciclista que estava numa viagem de 3 dias (Fortaleza/Açu).
Conversamos por alguns minutos (ele estava andando melhor e seguiu na frente).
No posto Zé da Volta parei para um descanso. Normalmente apenas dormir é descanso suficiente, mas neste dia eu estava muito fraco.
Na entrada de Açu, às 12h15min, tomei um suco de manga que melhorou minha disposição.
No caminho para Angicos a corrente arrebentou. Não encontrei o pedaço que faltava, havia muito óleo na corrente e eu sou péssimo mecânico.
Deixei a corrente lá no acostamento. Faltavam só 24 km Para Angicos. Calculei chegar lá pelas 20h30min e fui empurrando e fazendo banguela nas descidas.
Faltando 16 km, numa grande lanchonete entrei para tomar um suco. Havia tanta gente que desisti.
Na saída alguém me chamou. Era Ido, um dos muitos filhos de José Aprígio.
Ele estava indo para Açu trabalhar e me viu na beira da estrada.
Disse a ele que chegaria lá em Angicos à noite por causa da corrente arrebentada mas ele me convenceu a aceitar uma carona. Colocamos a bicicleta no carro e voltou para casa e me deixou lá com a esposa e uma das filhas (depois ele voltou para Açu).
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Ido quando me achou a 16 km de Angicos |
Depois de tomar banho e descansar, a esposa de Ido preparou um caldo para "ressucitar".
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Caldo para "ressuscitar" na casa de Ido |
Depois, à noite, fui com a esposa e a filha de Ido ao culto na igreja (esqueci o nome delas).
Neste dia pedalei 94km+8km a pé e + 16 km carona;
o consumo: bolo+café, café, suco de manga e uns 4 litros de água.
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