domingo, 23 de abril de 2017

O quadro velho adaptado para subidas

No ano passado um ciclista veterano como eu, que só conheço de encontrar pelas ruas andando numa bicicleta velha como eu, não sei o que faz nem onde mora e nem o nome, ofereceu um quadro velho de Monark.

A princípio recusei a oferta, pois já tinha umas duas bicicletas velhas em casa.

Mas, diante da insistência dele, comprei o quadro por trinta e cinco reais.

Tendo deixado a outra Monark no Rio Grande do Sul no final da viagem de janeiro, resolvi usá-lo.

Levei para a oficina de grades e orientei o metalúrgico a encurtar a traseira para poder levar vantagem nas subidas.

Fiz a montagem da bicicleta. Ficou bem desalinhada, sendo que a roda traseira não passa no mesmo caminho da dianteira.

Dei umas andadas na estrada (40km, 51 km, 75 km, 103 km e 100 km, na BR-316 e na Alça Viária, e fiquei satisfeito.

Andei com carga na frente (média 17 km/h) e carga atrás (média 16,3 km/h), bem melhor que as médias entre 14 e 15 km/h com traseira normal.


A distância entre o eixo traseiro e o eixo central ficou em 40 cm.









domingo, 16 de abril de 2017

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 9ª parte (Zé da Volta/Touros/RN)

29/09/87 Levantamos às 5 horas. Após o café com ovos e pão, seguimos viagem.

Pedalamos uns dez minutos e bati uma foto de Ilda próximo a umas carnaubeiras.

 Num sobe-e-desce contra o vento, seguimos lentamente. Na beira da estrada havia quase só a vegetação nativa (arbustos e cactos), algumas fazendas e uma plantação de milho. Num posto perto de Açu, lanchamos bolo com refrigerante, escrevemos para a família de Dona Inês, pegamos água e tomamos banho.

 Entramos em Açu pela estrada velha e fomos à casa de Aurino, onde nos instalamos e almoçamos. À tarde, despachamos aerogramas, passeamos um pouco e comemos picolés.

Ao anoitecer, ficamos sentados na calçada em frente à casa de Aurino. Quando ele chegou, pegou um violão e cantou algumas músicas românticas, da velha guarda.

Após o jantar, conversamos mais um pouco e fomos visitar o Sr. Terceiro, mas não o encontramos em casa. Voltamos e fomos dormir.

30/09/87 Ainda antes do café, Aurino pegou o violão e cantou mais um pouco. Johannes Valério estava de aniversário (13 anos).

 Após o café, quando Aurino saiu com Ana Angélica, nos despedimos e seguimos viagem.

Continuamos no sobe-e-desce contra o vento até Angicos, aonde chegamos pouco depois do  meio-dia.
Descansamos um pouco num posto BR e fomos a casa de Manoel João, onde Dona Severina (esposa) nos recebeu. Tomamos banho e almoçamos.

 À tarde despachamos dois aerogramas, passeamos pelo centro e comemos mais picolés.

 Após o jantar fomos com a família de Manoel João assistir culto na igreja Assembléia de Deus.

Depois voltamos, lanchamos e fomos dormir.

01/10/87 Tomamos café reforçado com tapioca e cuscuz. Manoel João estava partindo para Mossoró. Despediu-se de nós e deu 50 cruzados “para comprar bananas”.

Despedimo-nos do restante do pessoal e seguimos viagem às sete e pouco. 

No posto de gasolina na entrada de Fernando Pedrosa pedimos água.

Uns dez km antes de Lages compramos e comemos um melão. Na entrada de Lages, no restaurante e posto, lubrifiquei a corrente da minha bicicleta e pedi comida.

 Após descansar um pouco e tomar banho, seguimos viagem.
 Fotografei Ilda na beira da estrada próximo a Caiçara do Rio dos Ventos.

(a pedra onde Ilda sentou é uma pedra de mica)
 Em Caiçara compramos um pacotinho de bolachas recheadas e conseguimos carona num caminhão com placas  de São Joaquim-SC até a entrada para João Câmara.

 Estava escurecendo, mas, com o luar e a estrada praticamente deserta, pudemos seguir calmamente. 

Passamos por Bento Fernandes ainda antes de escurecer e entramos em João Câmara às 19h30min.

 Depois de procurar abrigo em dois postos de gasolina sem sucesso, fomos ao centro. Conversei com os motoristas de táxi, os quais sugeriram procurar o chefe da estação ferroviária, Sr. José Araújo.

 Lá na estação Ilda telefonou para Albanise. O Sr. José Araújo nos serviu rabada para jantar e cedeu uma sala para pernoitar, onde amarramos as redes e fomos dormir.

02/10/87 Nos despedimos de Sr. José Araújo e saímos da cidade dos terremotos às 5h30min. Num boteco, na saída, comprei um pacote de bolachas.

 A estrada de piçarra tinha muitas costelas de vaca e pedrinhas soltas. Vimos muitas plantações de agave, algumas de milho e algumas fazendas.

 Depois de uns 40 km, surgiram coqueiros, cajueiros e mangueiras.

 Em Cana Brava pedimos água. Depois, Boa Cica e, alguns km adiante, entramos na estrada asfaltada que ia para Touros.  Tomamos banho num açude, comemos um coco na beira da estrada 


 e entramos em Touros às 13 horas.

Na casa do pastor José Aprígio da Silva, na Rua Delplete, tomamos banho, almoçamos e guardamos as bicicletas.

 À tarde, eu, Ilda e o pastor fomos à Telern e telefonamos para a casa de Manoel João. 

Depois, fomos apresentados ao Sr. Anchieta, numa loja de ferragens. O Sr. Anchieta telefonou para um gaúcho do Banco do Brasil e me pôs a falar com ele. Depois nos deu o endereço de um cunhado dele em São Pedro da Aldeia-RJ e cem cruzados para gastar.


Depois, andando pela rua, José Aprígio nos apresentou a algumas pessoas (inclusive o prefeito) e voltamos para casa.

 Ao anoitecer José Aprígio nos deu 500 cruzados. Jantamos, ficamos conversando em frente à casa e fomos dormir.