domingo, 27 de novembro de 2016

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 3ª parte (Gurupi/Zé Doca)

10/09/87. Saímos do hotelzinho às 4 horas da madrugada. Atravessamos a ponte sobre o rio Gurupi e entramos no Maranhão.

Logo nos primeiros quilômetros, Ilda falou que sentia dores na “poupança”. Por conta disso, reduzimos o ritmo e fizemos várias paradas.

Na beira da estrada, fazendas. Logo no início do dia, encontramos um rapaz carregando umas garrafas de leite numa bicicleta. Comprei e tomei uma. Meia hora depois tive uma diarreia repentina  Larguei a bicicleta às pressas no acostamento e desci o barranco...

Comemos muitos cajus e tomamos banho em igarapés e postos de gasolina. Fizemos paradas demoradas em Maracaçumé e Encruzo.

Às 17h10min entramos numa vila chamada Santa Tereza do Paruá. Andamos um pouco e fomos ao Hotel do Povo, mas não havia quartos vagos.

No início da noite passou uma grande boiada pelo meio da vila e todas as pessoas tiveram de sair da rua.

Fomos convidados para dormir numa casa ao lado do hotel.
Tomamos banho, nos instalamos no quarto, fomos jantar no hotel e voltamos para dormir às 20 horas.

11/09/87. Levantamos cedo, tomamos café c conversamos bastante com o dono da casa, Sr.Antônio Leonardo.

Saímos às 7h15min. Passamos por mais fazendas, comemos muitos cajus e tomamos banhos em igarapés, sendo que num deles podiam ser vistos centenas de peixinhos.

Ilda continuava com dores na “poupança”.

Em Santa Luzia do Paruá lanchamos. Em Nova Olinda, compramos um pacote de macarrão e pedimos para uma senhora cozinhar na casa dela, sendo que ela permitiu que Ilda cozinhasse.

Quando escureceu, chegamos a um povoado (Cocalinho) e pedimos água num posto de gasolina. Continuamos, no escuro, mais 10 km, até Zé Doca, aonde chegamos às 19h15min.


Sentamos num banco na praça em frente à igreja e depois fomos ao Hotel do Povo, onde nos instalamos, tomamos banho e fomos dormir. Ilda dormiu logo e eu atualizei o diário e comi algumas bolachas.

domingo, 20 de novembro de 2016

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 2ª parte (Belém-PA/Gurupi-MA)

06/09/87 Às dez horas da manhã, depois de nos despedirmos de várias pessoas na casa de Dona Albanise, saímos pelas Avenidas Senador Lemos e Pedro Álvares Cabral até chegarmos na BR-316 (6 km).

Depois, com muito tempo disponível, seguimos até Castanhal (65 km)l. Paramos várias vezes para descansar. Com a comida que trouxemos junto, almoçamos no km 39, na sombra de uma árvore. Noutro ponto, comemos araçás e jurubebas que a Ilda viu na beira da estrada.

Bebemos muita água que levamos em frascos usados de álcool e vinagre (não existiam garrafas pet).

Em Americano, tomei um banho no chuveiro de um posto de gasolina.

Entramos em Castanhal e fomos ate o terminal rodoviário esperar Dona Raimunda e crianças que estavam viajando para Marudá.

Às 17h55min Ilda conversou com elas. O ônibus foi para Marudá e nós fomos para a casa de Dona Oscarina, onde nos alojamos. Depois de tomar banho, jantar e conversar, fomos dormir pouco antes das 21 horas.




07/09/87 Levantamos cedo, tomamos café, agradecemos e nos despedimos de Dona Oscarina às 6h15min.

Saímos pela BR no rumo de Capanema, contra o vento. Tendo andado uns 20 km, Seu José, de moto, nos encontrou num posto de gasolina. Conversamos um pouco e ele nos deu mil cruzados para gastar. Comemos algumas carambolas que Dona Oscarina havia dado, além de cajus e jambos em árvores na beira da estrada.

Ilda estava reclamando muito do sol quente. Entramos em Nova Timboteua e visitamos a família de Clodoveu e Marisete. Se não me falha a memória, alguém estava de aniversário por lá.  Almoçamos e saímos às 16h33min.

Passamos por Peixe-Boi, e, em Capanema, procuramos a casa de Dona Maria, mãe do Seu José e irmã de Dona Oscarina. Como no dia anterior, tomamos banho, jantamos, conversamos e fomos dormir antes das 21 horas.




08/09/87 Passamos o dia descansando na casa de Dona Maria.
Aproveitei para comprar pedais novos para a minha bicicleta e despachar correspondência no correio. Depois do almoço, Conceição foi com Ilda comprar carne para nó comermos no caminho.
Fomos dormir, novamente antes das 21 horas.

09/09/87 Levantamos cedo, tomamos café e nos despedimos às 5h57min, levando carne e farinha para comer. 80km de subidas e descidas mais uns 50 km de estrada meio plana.

Uma cidade a 50 km de Capanema (Santa Luzia do Pará) e alguns povoados. Na beira da estrada, fazendas.

Comemos goiabas e cajus, tomamos banhos em igarapés e num posto de gasolina em Santa Luzia e pedimos água numa vila chamada ”83”. Chegamos à divisa Pará/Maranhão às 18:30.


Antes de atravessar a ponte, jantamos dois PF (prato feito) num  restaurante e pernoitamos num hotelzinho anexo a um posto de gasolina. 

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Minha segunda grande viagem/lua de mel (1ª parte)

Eu e a Ilda estávamos namorando por um bom tempo e tudo indicava que iríamos dividir o mesmo teto.

Certo dia, conversando sobre isto, falei a ela que eu não conseguia parar de sonhar com outra grande viagem (sonho com isto até hoje) e que isto seria um obstáculo para casar.

Em outras palavras, eu acreditava que, para casar, eu teria que desistir de viajar (e vice-versa).

A Ilda, no entanto, disse que poderia casar e viajar comigo!

Assim sendo, marcamos o casamento para uma data mais próxima do final do ano, para não passar frio.


A lua de mel foi a minha segunda grande viagem.




Na foto, poucos dias antes do casamento, com as bicicletas (a minha bicicleta, a mesma da primeira grande viagem, é a que está com a Ilda.

Toda a bagagem foi dentro destas duas caixinhas de madeira. A viagem durou 83 dias.

domingo, 13 de novembro de 2016

Passeio no calor

Hoje, depois de comer uns 400 g de feijão+arroz (baião de dois), eu fui andar na Alça Viária com aquela bicicleta que tem a traseira reduzida.

Saí de casa às 12h37min, sol a pino.

 Desde menino sou acostumado a andar no sol e me considero muito resistente.  Já andei no Tocantins em setembro sem nenhum caminhão na Belém-Brasília no horário do almoço (deve ser para poupar os pneus). Temperatura alta combinada com baixa umidade do ar. Bebia água a cada subida.  Gosto de andar no calor, quando sinto aquele calor que vem do asfalto, embora o desempenho não seja bom.

Hoje, no entanto, o calor incomodou. Apesar de estar andando sem esforço, usando a relação 38x19, cheguei a sentir uma leve tontura ao parar para beber água (pressão baixa). Quando isto acontece, procuro continuar andando com o mínimo de esforço (uns 20% a menos que o normal).
A diferença do calor daqui é a umidade alta (um agravante para o rendimento físico).


Eu queria andar 60 km, mas acabei reduzindo para 50 km, que percorri em exatas 3horas e 20 minutos (média 15 km/hora). Consumi 1,7 litros de água com sal e 9 bolachas Maria.