10/09/87. Saímos do hotelzinho às 4 horas da madrugada.
Atravessamos a ponte sobre o rio Gurupi e entramos no Maranhão.
Logo nos primeiros quilômetros, Ilda falou que sentia dores
na “poupança”. Por conta disso, reduzimos o ritmo e fizemos várias paradas.
Na beira da estrada, fazendas. Logo no início do dia,
encontramos um rapaz carregando umas garrafas de leite numa bicicleta. Comprei
e tomei uma. Meia hora depois tive uma diarreia repentina Larguei a bicicleta às pressas no acostamento
e desci o barranco...
Comemos muitos cajus e tomamos banho em igarapés e postos de
gasolina. Fizemos paradas demoradas em Maracaçumé e Encruzo.
Às 17h10min entramos numa vila chamada Santa Tereza do
Paruá. Andamos um pouco e fomos ao Hotel do Povo, mas não havia quartos vagos.
No início da noite passou uma grande boiada pelo meio da
vila e todas as pessoas tiveram de sair da rua.
Fomos convidados para dormir numa casa ao lado do hotel.
Tomamos banho, nos instalamos no quarto, fomos jantar no
hotel e voltamos para dormir às 20 horas.
11/09/87. Levantamos cedo, tomamos café c conversamos
bastante com o dono da casa, Sr.Antônio Leonardo.
Saímos às 7h15min. Passamos por mais fazendas, comemos
muitos cajus e tomamos banhos em igarapés, sendo que num deles podiam ser
vistos centenas de peixinhos.
Ilda continuava com dores na “poupança”.
Em Santa Luzia do Paruá lanchamos. Em Nova Olinda, compramos
um pacote de macarrão e pedimos para uma senhora cozinhar na casa dela, sendo
que ela permitiu que Ilda cozinhasse.
Quando escureceu, chegamos a um povoado (Cocalinho) e
pedimos água num posto de gasolina. Continuamos, no escuro, mais 10 km, até Zé
Doca, aonde chegamos às 19h15min.
Sentamos num banco na praça em frente à igreja e depois
fomos ao Hotel do Povo, onde nos instalamos, tomamos banho e fomos dormir. Ilda
dormiu logo e eu atualizei o diário e comi algumas bolachas.