domingo, 17 de abril de 2016

Minha primeira grande viagem (Piripiri/Teresina) (32ª parte)

08/05/84 Acordei às 5h20min. Comi duas laranjas e segui viagem. Tencionava ir até Teresina (168 km).

Passei por uma cidadezinha (Capitão de Campos) e um povoado (Cocal de Telha). Tomei um banho num arroio.

Entrei em Campo Maior. Pedi alimentos em algumas residências e ganhei pão, bananas, laranjas, mangas e leite.

Segui viagem. Plantas rasteiras, arbustos,  coqueiros (carnaúba e babaçu), pastagens com bovinos, equinos e caprinos.

Na sombra de uma árvore comi quatro laranjas. Começaram a surgir árvores grandes. Vi cajueiros e mangueiras.

Entrei em Altos, pedi alimentos e ganhei pão, uma lata com comida (feijão, arroz, farinha e carne de galinha) e cem cruzeiros.

Seguindo viagem, passei por várias subidas pequenas. Vi árvores nativas e plantações de milho e laranja.

Entrei em Teresina no início da noite. Pedi numa casa e ganhei uma laranja. Fui a uma padaria e comprei dois litros de leite e dois pães e enchi a barriga durante uma conversa com um vigilante e alguns motoristas de táxi.

Fui procurar a residência de um conterrâneo, e, no caminho, conversando com outro ciclista, fui convidado a dormir na casa dele. Fui. Lá chegando, tomei banho e jantei. Atualizei o diário.

Num conjunto habitacional chamado Cidade Satélite, o outro ciclista, Osvaldo Ribeiro Paiva, morava com a esposa. Era motorista de ônibus e pedalava 50 minutos de ida e mais 50 de volta para ir à garagem da empresa todos os dias.

Assistimos um pouco de TV e, às 21h30min, fui dormir numa rede que Osvaldo armou para mim.


09/05/84 Alguém estava fazendo alguma coisa na cozinha. Levantei para ver e vi a esposa de Osvaldo colocando uma panela no fogo de chão. Havia fumaça dentro da casa. O almoço de Osvaldo estava sendo preparado. Eram duas horas da madrugada.

 Voltei para a rede. Às quatro horas, quando Osvaldo levantou, tomamos café com cuscuz. Às cinco horas, saímos de bicicleta. Osvaldo ia trabalhar.

 No centro da cidade, nos despedimos e ele me deu 500 cruzeiros.

Tomei um banho num posto de gasolina e fui até a Praça Dom Pedro II, onde comi uma laranja e conversei com alguns policiais. Escrevi alguns aerogramas e despachei no correio.

Fui até o jornal “O Estado” e fui entrevistado. Numa oficina em frente ao jornal, fiz uma rápida revisão na bicicleta.

 Andei na cidade e bati uma foto. Pedi alimentos em duas casas e ganhei pão com ovo, café, uma lata de sardinhas com abridor e farinha. Depois, no refeitório do jornal, almocei a convite do repórter que me entrevistou.

Depois, andei mais pela cidade e procurei a residência do Sr. Airton Bohn, meu conterrâneo.

 Lá chegando, conversei com sua esposa e, mais tarde, com Airton. Lavei uma parte da minha roupa e tomei banho.

Depois, jantamos. Eu, o casal e as três crianças.


Conversamos um pouco e fomos dormir. Durante a noite, tive de ir ao banheiro; estava com diarreia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quer comentar?