08/05/84 Acordei às
5h20min. Comi duas laranjas e segui viagem. Tencionava ir até Teresina (168
km).
Passei por uma
cidadezinha (Capitão de Campos) e um povoado (Cocal de Telha). Tomei um banho
num arroio.
Entrei em Campo Maior.
Pedi alimentos em algumas residências e ganhei pão, bananas, laranjas, mangas e
leite.
Segui viagem. Plantas
rasteiras, arbustos, coqueiros (carnaúba
e babaçu), pastagens com bovinos, equinos e caprinos.
Na sombra de uma árvore
comi quatro laranjas. Começaram a surgir árvores grandes. Vi cajueiros e
mangueiras.
Entrei em Altos, pedi
alimentos e ganhei pão, uma lata com comida (feijão, arroz, farinha e carne de
galinha) e cem cruzeiros.
Seguindo viagem, passei
por várias subidas pequenas. Vi árvores nativas e plantações de milho e
laranja.
Entrei em Teresina no
início da noite. Pedi numa casa e ganhei uma laranja. Fui a uma padaria e
comprei dois litros de leite e dois pães e enchi a barriga durante uma conversa
com um vigilante e alguns motoristas de táxi.
Fui procurar a
residência de um conterrâneo, e, no caminho, conversando com outro ciclista,
fui convidado a dormir na casa dele. Fui. Lá chegando, tomei banho e jantei.
Atualizei o diário.
Num conjunto
habitacional chamado Cidade Satélite, o outro ciclista, Osvaldo Ribeiro Paiva,
morava com a esposa. Era motorista de ônibus e pedalava 50 minutos de ida e
mais 50 de volta para ir à garagem da empresa todos os dias.
Assistimos um pouco de
TV e, às 21h30min, fui dormir numa rede que Osvaldo armou para mim.
09/05/84 Alguém estava
fazendo alguma coisa na cozinha. Levantei para ver e vi a esposa de Osvaldo colocando
uma panela no fogo de chão. Havia fumaça dentro da casa. O almoço de Osvaldo
estava sendo preparado. Eram duas horas da madrugada.
Voltei para a rede. Às quatro horas, quando
Osvaldo levantou, tomamos café com cuscuz. Às cinco horas, saímos de bicicleta.
Osvaldo ia trabalhar.
No centro da cidade, nos despedimos e ele me deu 500
cruzeiros.
Tomei um banho num
posto de gasolina e fui até a Praça Dom Pedro II, onde comi uma laranja e
conversei com alguns policiais. Escrevi alguns aerogramas e despachei no
correio.
Fui até o jornal “O
Estado” e fui entrevistado. Numa oficina em frente ao jornal, fiz uma rápida revisão
na bicicleta.
Andei na cidade e bati uma foto. Pedi
alimentos em duas casas e ganhei pão com ovo, café, uma lata de sardinhas com
abridor e farinha. Depois, no refeitório do jornal, almocei a convite do
repórter que me entrevistou.
Depois, andei mais pela
cidade e procurei a residência do Sr. Airton Bohn, meu conterrâneo.
Lá
chegando, conversei com sua esposa e, mais tarde, com Airton. Lavei uma parte
da minha roupa e tomei banho.
Depois, jantamos. Eu, o casal e as três crianças.
Conversamos um pouco e
fomos dormir. Durante a noite, tive de ir ao banheiro; estava com diarreia.
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