25/01/17 Acordei e levantei antes das 6 horas.
Tomei café na lanchonete do posto, agradeci a camaradagem e segui.
Estava chovendo fino e a minha garganta estava doendo.
Passei por Coxilha e segui até Passo Fundo só com bolachas e água.
Muitos trechos estavam sem acostamento; empurrei a bicicleta várias vezes por falta de espaço na pista.
Na entrada de Passo Fundo perguntei o caminho mais curto para seguir no rumo de Soledade; me foi indicado seguir por dentro da cidade.
Parei numa fruteira e comprei bananas. Sentei num banco no canteiro central da avenida e fiquei descansando e comendo bananas.
As pessoas ficaram me observando curiosas mas não falaram nada.
Segui adiante e parei numa farmácia para comprar um spray para a garganta.
Fiquei conversando com um vendedor ambulante na calçada. Vi muitas pessoas andando com o celular na mão.
Na saída de Passo Fundo ainda parei numa pracinha para descansar. A garganta doía. Criei coragem e segui.
Fiz uma parada numa lanchonete em Ernestina onde havia um senhor com a mesma idade e o mesmo jeitão que eu e uma moça com a mesma idade e nome da minha filha.
Fui andando com água e bolachas e spray na garganta a todo instante.
Passei por Tio Hugo.
Depois de uma longa subida, faltando duas horas para escurecer, cheguei a um posto de gasolina de uma cooperativa.
Faltavam só 20 km até Soledade. Na lanchonete fui informado que para chegar a Soledade eu teria de enfrentar mais tres subidas parecidas com esta última; acabei desistindo e fiquei.
Quinze minutos depois caiu uma chuvarada com ventania e eu poderia ter mais problemas com a garganta.
Além disso, o pneu traseiro estava furado e apelei para o borracheiro encontrar e remendar dois furos.
Fui dormir em cima de uns pedaços de papelão numa parte coberta do posto.
Um pessoal assou umas carnes perto de mim; me convidaram mas eu não quis comer.
Nesta noite passei muito frio - o posto ficava no município chamado Mormaço - ; só consegui cochilar um pouco sentado encolhido e enrolado.
Pelas minhas contas neste dia andei só 96 km.
O consumo, alén de bolachas e água, foi pastilhas halls, 7 bombons Serenata de Amor, 2 kg bananas, um litro de leite, café com leite, pastel com café, pão de queijo com café.
26/01/17 Fui o primeiro a entrar na lanchonete do posto. Tomei café e segui. Chovia fino.
Entrei em Soledade antes das 8h e fiz um lanche noutro posto de gasolina.
Mais adiante, no município de Fontoura Xavier, numa lanchonete, outra parada.
Quase meia hora depois que saí da lanchonete um carro fez sinal para eu parar. Era o pai dos jovens que me atenderam na lanchonete que veio atrás de mim para devolver o spray para garganta
que eu havia esquecido no balcão
Depois passei por São José do Herval.
Numa descida longa e com muitas curvas ultrapassei uns quatro caminhões que desciam com o freio motor acionado.
Vi muito artesanato de cerâmica e couro exposto para venda em vários pontos na beira da estrada.
Depois de Pouso Novo passei por uma ponte e a estrada seguiu por muitos km entre a serra e o Rio Forqueta.
Passei por Tamanduá e Marquês de Souza.
Cheguei a Lajeado. Na passagem vi uma placa informando 'Venâncio Aires 31 km'.
Segui. Começou a chover.
Numa parada de ônibus onde havia dois motoqueiros esperando a chuva afinar parei para comer umas bolachas e conversei com eles.
Perto de Mato Leitão merendei numa lachonete.
Andei uns 7 km no escuro para chegar a Venâncio Aires.
Neste dia andei aproximadamente 160 km.
Consumo; bolachas, água, pastel com café e leite, coxinha com café e leite, pão de queijo com café, mais café, sanduíche mais café.
Nesta última foto já estou na casa da minha irmã.