segunda-feira, 24 de julho de 2017

Viagem janeiro/2017 - 4ª parte (Darcinópolis/Presidente Kennedy-TO)

07/01/17 Acordei cedo, saí do baú, agradeci e segui viagem. 

Fui andando naquela vagareza, apesar da grande disposição. Passei por Wanderlândia e entrei em Araguaína lá pelas 13h30min.

Quase saindo da cidade, fui a uma borracharia (dois furos no pneu traseiro). O borracheiro fez o serviço e mandou uma foto para a minha casa.


 Depois de Araguaína as subidas ficaram mais suaves e andei uns 40 km até um posto de gasolina na entrada para Garimpinho.

Fiz minha última refeição ao lado do posto (dois salgados e um copo de café).Além disso, meu consumo do dia foi pão de queijo, bolo, mais café e bolachas.

Dormi debaixo de um tanque de combustível, ao lado do escritório do posto. Acordei ouvindo vozes e conversas que me deram a impressão de estar havendo um assalto.

Esperei a chegada de um veículo, peguei a bicicleta e saí do posto por trás de um caminhão.

Deixei a rede e o lençol debaixo do tanque (não quis perder tempo na fuga). Voltei pela estrada por uns 8 a 10 km, até chegar a um lugar onde havia alguns caminhões parados perto de algumas casas.

Fui me esconder com a bicicleta atrás de um dos caminhões. Não havia nenhuma pessoa. Ouvi um ronco na cabine do caminhão. Não quis acordar o motorista. Numa casa, na frente do caminhão, havia uma TV ligada.
Vi uma cadeira espaguete e fiquei sentado nela. O relógio marcava 1h05min da madrugada. Fiquei lá sentado até 5h45min. Só consegui dar algumas cochiladas por estar sentindo frio.

Um cachorro que estava solto no pátio ficou todo o tempo me olhando, mas não latiu.

08/01/17 Às 5h45min, não havendo aparecido ninguém, ainda escuro, saí do “esconderijo” e retornei ao posto. 

Faltando 1 km para chegar, encontrei um andarilho que vinha daquele lado e perguntei se ele havia visto alguma coisa estranha no posto. Ele disse que dormiu na borracharia e que tudo estava normal no posto.

Chegando lá, encontrei a rede e o lençol do mesmo jeito que deixei. O bombeiro falou que estranhou eu ter ido embora sem me despedir e ter esquecido a rede. Falei a ele a respeito do assalto e ele disse que foi apenas uma brincadeira....

Eu estava assustado. No dia anterior, no posto, ouvi uma conversa que haveria uma invasão na Penitenciária de Araguaína e matariam vários presos (inclusive um ex-prefeito de Nova Olinda), mas a polícia descobriu a tempo e conseguiu evitar.

No comércio ao lado do posto fiz uma merenda e comprei bicarbonato (para afta),  sabonete e um litro de leite longa vida.

Segui até Nova Olinda e procurei bananas. No caminho para a feira encontrei um orelhão de onde consegui fazer uma ligação a cobrar para minha casa. Falei com minha filha Karol. Esta foi a única ligação que consegui fazer de um telefone público em toda a viagem.

Na feira descobri que as bananas já haviam acabado (eram 7h45min).

Na passagem por Colinas entrei num restaurante e comprei pão de queijo e café. Quando cheguei ao caixa disseram que eu não precisava pagar.

Por causa da noite mal dormida, eu não estava com boa disposição para andar. Ainda fui até Presidente Kennedy.
Quando anoiteceu,  jantei num restaurante ao lado do posto. Comentei com algumas pessoas que, nos anos 90, num domingo de manhã, entrei naquela cidadezinha com o suporte do guidão quebrando;  a primeira pessoa que falou comigo era justamente dono de uma oficina metalúrgica. Ele abriu a oficina, soldou o suporte e não cobrou nada.

O pessoal do restaurante disse que ainda hoje é a mesma oficina e o mesmo dono!


Perguntei onde poderia alugar um quarto para dormir. A dona disse que ela tinha uma pequena pousada ao lado. O pernoite custava 30 reais, mas ficou por 17.

domingo, 16 de julho de 2017

Minha segunda grande viagem/lua de mel - 10ª parte (Touros-RN/Pitanga da Beira da Estrada-PB)

03/10/87 Após o café seguimos viagem.  Eram quase 7 horas. José Aprígio pegou sua bicicleta e nos acompanhou por uma meia hora.

Quando chegamos a uma grande árvore José Aprígio se despediu e voltou para Touros.

Continuamos seguindo contra o vento. Ilda apanhou alguns maracujás na beira da estrada.

 O céu estava nublado. Passamos por Santa Luzia e Punaú e tomamos banho num riacho.

Depois passamos por outro povoado e mais adiante paramos num bar onde compramos uma rapadura e biscoitos.

Faltavam 19 km para Ceará Mirim. Apareceram muitos canaviais. Depois de uns 2 km de paralelepípedos entramos em Ceará Mirim, onde comprei doces e laranjas num supermercado.

O trecho restante até Natal foi sem acostamento, sobe/desce acentuado e trânsito mais intenso.

Mais ou menos às 17h entramos em Natal e fomos à casa da mãe de Áurea (Rua Alberto Silva).

Não havia ninguém na casa, mas Áurea estava na casa da vizinha. Conversamos um pouco e fomos para a casa de Áurea na Rua Crato (Áurea foi de táxi).

04, 05, 06 e 07/10/87 Nós ficamos na casa de Áurea. No dia 04 estivemos na Ponta Negra; no dia 05 demos entrevista ao jornal Diário de Natal; no dia 06 estivemos no Hiper Center Bompreço. Comprei um bagageiro novo para minha bicicleta.






08/10/87 Nos despedimos de Áurea e sua filha e seguimos às 8 horas. Ilda ainda telefonou para Marina.

Depois de Eduardo Gomes, tomamos banho num açude. Em São José de Mipibu pedimos água num posto.

Muitos canaviais. Depois de Goianinha descansamos debaixo de uns eucaliptos e comemos bolo e cana de açúcar. Pegamos mais água em Canguaretama.

Uns 2 km depois de atravessar a divisa RN/PB tomamos banho num posto de gasolina e comemos o macarrão que Ilda preparou na casa de Áurea.


Estava anoitecendo. Ainda andamos alguns km e paramos numa vila chamada Pitanga da Beira da Estrada.
 Falamos com o Sr. Carlito. Ele nos orientou a dormir numa escola em frente à sua casa. Ficamos lá um pouco. Veio o Sr. Geraldo e abriu uma das salas para entrarmos. Instalamos as redes e dormimos. Ilda estava com medo de alguns morcegos.

domingo, 9 de julho de 2017

Passeio 60 km Alça Viária e BR

Hoje pela manhã saí na bicicleta Monark. Fui até o km 14 da Alça Viária.
Na volta dei minhas bolachas para um andarilho e ele quis me dar um chapéu de nylon (km 8).
Na BR segui no rumo de Benevides até o km 20 e voltei para casa.
Tempo gasto: 3h35min

Consumo: apenas 1,9 litros de água.