domingo, 28 de agosto de 2016

Minha primeira grande viagem (Capanema/Nova Timboteua) (39ª parte)

24/05/84 Levantei ao amanhecer e segui viagem. O asfalto era cheio de buracos. Passei por uma cidadezinha chamada Peixe Boi e segui até Nova Timboteua.

Lá chegando, procurei por Clodoveu, na Emater.

 Depois, na casa dele, um banho e café da manhã com pão e pupunha.

Lavei minha roupa e fiquei pela casa. Almocei com a família: Clodoveu, Marisete (esposa), Verena (filha) e Ana.

 À tarde, Clodoveu e Marisete foram trabalhar; ele, na Emater e ela na Cosanpa. Fiquei no sofá assistindo TV.

Clodoveu chegou e foi comigo ao sítio. Caminhamos um pouco pelas plantações de limão e pimenta. Ensacamos 600 limões que um empregado havia colhido e voltamos para a cidade.

Ficamos um pouco na sala e Clodoveu ficou lendo um livro “As melhores histórias reais de crime, mistério e suspense”. Eu fiquei bisbilhotando alguns volumes de enciclopédias. Jantamos. Marisete havia preparado macarrão. Não sobrou nada.

Voltamos à sala. Chegaram alguns parentes. Depois que foram embora, dois rapazes ficaram para assistir Vasco x Fluminense na TV. Clodoveu havia preparado algumas caipirinhas, sendo que a minha ficou pela metade. Depois do jogo, os rapazes foram embora e nós fomos dormir.


25/05/84 Levantei por volta das sete horas. Minha roupa ainda  estava úmida (muita chuva). Depois do café, Clodoveu foi a Capanema, Marisete à Cosanpa, e Ana saiu com Verena.

Pendurei a roupa ao sol e fui dar umas voltas pela cidade. Numa oficina pedi para ajustar o eixo central.

 Fui à Cosanpa e fiquei com Marisete até o meio-dia. Depois do almoço, tirei uma soneca.

 À tardinha, fui até a Emater. Saí com Clodoveu e fomos até o barzinho dele, onde o pessoal jogava bilharito e conversava animadamente. Fiquei lá por alguns minutos.


 Voltei para a casa e Clodoveu ficou tomando conta do bar. Quando sentamos à mesa para jantar, Clodoveu chegou. Depois, arrumei minhas coisas, assisti um pouco de TV e fui dormir.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Passeio Benevides/Santa Isabel)

Hoje, feriado, saí às 9 horas para dar um passeio. 

Eu queria ir até Castanhal, mas, incomodado com o movimento na BR, entrei em Benevides. Andei por umas ruas desconhecidas e me perdi. Depois de pedir orientação a umas cinco ou seis pessoas, consegui achar a saída para o caminho da zona rural que vai para Caraparu.

Vi muitas hortas onde antes não havia nada. 

Tentei encontrar um caminho novo para Santa Isabel mas não acertei. sendo que fiz a volta lá pela entrada de Caraparu via PA-140.

Chegando a Santa Isabel, resolvi encontrar por lá um caminho para Benevides sem passar pela BR e sem voltar pelo caminho via Caraparu.

Alguns mototaxistas falaram que havia um caminho lá pelo bairro Novo Horizonte. Fui até lá, perguntei a uns 3 ou 4 moradores. Recebendo respostas desencontradas e duvidosas, desisti e saí na BR ao lado daquela indústria de frangos no km 34.

A parte  do passeio que eu gostei mais foi estar meio perdido.

Num percurso estimado de 80 km, consumi 26 bolachas maria e 2,4 litros de água em seis horas e doze minutos.

domingo, 14 de agosto de 2016

Minha primeira grande viagem (Nova Olinda-MA/Capanema-PA) (38ª parte)

22/05/84 Levantei às 6h15min. Seguindo viagem, vi fazendas. Encontrei dois mil cruzeiros no acostamento.

 Entrei em Santa Luzia do Paruá. Num pequeno comércio me empanturrei com bolo de tapioca, canjica e pão com carne moída ao custo de mil cruzeiros.

A estrada tornou-se plana e com excelente pavimentação. Durante uns 20 km, os coqueiros de babaçu voltaram a dominar a vegetação. Passei por Presidente Médici e Maranhãozinho.

 Em Encruzo, tomei banho num posto de gasolina.

 Em Maracaçumé, num restaurante, pedi alimento e ganhei arroz com galinha e água mineral. Estava chovendo intensamente, sendo que só continuei depois da chuva passar.

Entrei em Gurupi no final do dia. Comprei 500 g de macarrão e pedi para cozinharem no restaurante dos viajantes, onde ainda ganhei café. Fiquei conversando com o dono do restaurante e ele me indicou um hotel do outro lado do rio.

 Atravessei a ponte e com 2.500 cruzeiros, dormi numa rede, já no Estado do Pará.


23/05/84 Acordei às 6 horas e segui viagem. Por mais ou menos 20 km a estrada era só com subidas suaves.

 Depois, com mais uns 25 km, vi umas goiabeiras e parei para comer. Quase todas bichadas.

Depois de passar por alguns povoados, cheguei a Santa Luzia do Pará. Comprei um pacote de Vitamilho, tentei comer in natura, mas não deu certo. Comprei um pacote de bolachas salgadas e saí comendo e pedalando. Andei na chuva por alguns trechos.

 A 6 km de Capanema, descansei um pouco num posto da Polícia Rodoviária.  Entrei em Capanema às 16 horas. Estava sentindo enjoo. Deitei no chão em frente à igreja católica. Não tendo melhorado, comprei dois envelopes de Estomazil numa farmácia e tomei, junto com um comprimido de Sonrisal, na sorveteria Brasa Fria.


 Fiquei um tempo lá e fui à Delegacia combinar o pernoite. Depois, de volta à sorveteria, tomei quatro copos de leite. Em seguida, na Delegacia, conversei um pouco com um rapaz que estava aguardando carona para São Luís. Recusei usar uma rede que ofereceram e fui dormir no chão de uma cela.

domingo, 7 de agosto de 2016

Minha primeira grande viagem (Bom Jardim/Nova Olinda) (37ª parte)

21/05/84  Levantei ao amanhecer. Segui viagem. Passei por  Governador Newton Bello e Roselândia.

 Depois de um banho de chuva, entrei em Zé Doca. Andei um pouco pela cidade, pedi alimentos numa casa e ganhei bananas. Em outra casa, um copo de leite e 400 cruzeiros. Ao ser surpreendido por uma forte chuva, me abriguei numa cobertura de um comércio. O alto-falante de uma loja tocava músicas de carimbó. Depois da chuva, fui pedir mais alimentos. Ganhei bolo, bananas, bolachas, guaraná e 300 cruzeiros.

 Seguindo viagem, passei por Josias, Cocalinho e 3 Satubas. Os coqueiros de babaçu foram desaparecendo pouco a pouco e surgiam árvores mais altas.

 Cheguei a Araguanã, uma vila muito pobre. Um automóvel Opala andava em alta velocidade na rodovia fazendo zigue-zague. Havia um pequeno parque de diversões. Não gostei do lugar e passei direto.

 No caminho, encontrei outro ciclista em uma monareta e o acompanhei até Nova Olinda. Despachei um aerograma no correio. Comprei um pacote de macarrão e fui a um restaurante pedir para cozinharem. Depois de comer, ao anoitecer, fui à delegacia de polícia e não consegui pernoite.


Voltei ao restaurante e fiquei conversando com algumas pessoas, sendo que um homem que estava lá jantando pagou o pernoite para mim no hotel que funcionava junto ao restaurante.